Profissionais da Guarda não querem extinção do GIPS

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A Associação dos Profissionais da Guarda considerou “exagerada” a extinção do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) defendida hoje pela Liga dos Bombeiros Portugueses.

O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, José Manageiro, considerou, em declarações à agência Lusa, que “não faz sentido, no atual quadro difícil que o país atravessa, estar a defender a extinção de uma estrutura que já deu provas de ser útil ao país”.

Os GIPS são formados por “profissionais altamente especializados e treinados”, sublinhou ainda o dirigente.

José Manageiro criticou a posição do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e do seu presidente da mesa de congressos, considerando ser um “exagero”, pois o país “precisa de resolver problemas e não que lhe criem mais problemas”.

Além disso, “este não é o melhor momento, numa altura em que o país se prepara para enfrentar ondas de calor”, acrescentou José Manageiro.

Segundo o dirigente sindical, “ao retirar-se uma unidade, vai interferir com toda a estrutura” e “criar instabilidade na estrutura geral da GNR”, que foi consolidada no quadro orgânico, com a criação das unidades de policiamento geral, marítima, rodoviária, investigação criminal e proteção civil e socorro.

José Manageiro lembrou ainda que para se extinguir os GIPS, “a lei orgânica tem de ser alterada”.

O presidente da LBP, Duarte Caldeira, sustentou hoje, após o Conselho Nacional, que “num país com tantas limitações financeiras e havendo uma força que ocupa o território nacional nos 278 municípios do continente, à exceção de Castro Marim, não faz sentido duplicar investimentos, esforços, recursos humanos, nem equipamentos”.

Por isso, defendeu que se deve reanalisar se “faz ou não sentido” o país dispor de “uma força que foi dotada de equipamento, que tem um elevado número de recursos humanos, com custos associados, quando, ao lado, existe uma estrutura de bombeiros com elevadas qualificações”.

Já para o presidente da mesa de congressos da LBP, Jaime Soares, os GIPS são uma estrutura que “nem a própria GNR pediu”, acrescentando que, “se lhes perguntassem, prescindiam dela”.

A Agência Lusa tentou obter uma resposta do Comando Geral da GNR, mas tal não foi possível.

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