Os diabéticos têm de levar as tiras e os medidores de glicemia para as consultas na Unidade de Saúde Familiar de Buarcos (USF), Figueira da Foz. Alguns utentes têm-se queixado da original exigência. Outros, por seu turno, deixam inscrito o seu protesto no Livro de Reclamações.
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que a insólita situação “poderá ser reflexo de um processo que está em curso e cujo objetivo se prende com a uniformização de critérios para aquisição dos consumíveis na área da saúde”. Acrescenta ainda que existe no mercado uma variada gama de marcas de medidores de glicemia, colidindo com a “necessidade de simplificação do processo”.
Como este processo está ainda em curso, continua a Administração Regional de Saúde, “os utentes da USF de Buarcos podem, efetivamente, levar o seu medidor e respetivas tiras”. Do ponto de vista clínico, salienta, “é até recomendável que o diabético use sempre o mesmo aparelho nas suas medições”.
No curto prazo, contudo, faz ainda saber a ARSC, na Unidade de Saúde Familiar de Buarcos, bem como em todos os centros de saúde da região Centro, “haverá um medidor de glicemia de uma só marca com o respetivo tipo de tiras”.
Porém, reitera o mesmo responsável, “é sempre recomendável que o utente diabético, quando vai ao seu médico da sua unidade de saúde, deva usar o seu próprio medidor”.
O que, conclui, “do ponto de vista clínico, traz vantagens para o controlo da sua doença”, já que, desta forma, “aprende a fazer corretamente a sua auto avaliação e não se sujeita a oscilação de valores”.