PSD da Figueira da Foz exige demissão do vice-presidente da câmara socialista

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Lídio lopes

 

As ondas de choque da reunião de câmara desta segunda-feira (23) continuam a agitar o meio político figueirense. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o presidente da concelhia da Figueira da Foz do PSD exige que o vereador Carlos Monteiro se demita da presidência das empresas municipais Figueira Domus e Figueira Paranova e “coloque publicamente o lugar de vice-presidente da câmara à disposição do presidente (João Ataíde)”.

Lídio Lopes defende ainda que Monteiro “deve retirar as devidas ilações políticas” do resultado da votação das contas da Figueira Domus. Fora do campo político, o líder social-democrata preconiza ainda que o dossiê Domus/Paranova seja enviado ao Ministério Público e à Inspeção-Geral de Finanças. Isto porque, aponta, “há que clarificar o imbróglio”, uma vez que, prossegue, “ao que parece, as contas padecem de ilegalidades”.

Carlos Monteiro reagiu reiterando o que havia dito na reunião de câmara: “todas as decisões foram tomadas com base em pareceres jurídicos e com o apoio de um Revisor Oficial de Contas”. Monteiro acrescenta, por outro lado: “os cargos de presidente das duas empresas municipais e de vice-presidente da câmara estão sempre à disposição do sr. presidente, pois é a ele a quem compete delegar tais funções”.

Sobre o envio do dossiê que está a fazer subir a temperatura política na Figueira da Foz àquelas duas entidades, Carlos Monteiro responde assim: “não vejo inconveniente nenhum”.

Recorde-se que as contas da empresa municipal Figueira Domus foram chumbadas por causa das transferências financeiras e dos suprimentos aprovados a favor da sua participada Paranova, considerados nulos e alegadamente ilegais.

O PSD e o Movimento Figueira 100% votaram contra. João Ataíde e António Tavares (PS) seguiram o mesmo sentido. Por seu turno, os restantes membros da maioria relativa socialista votaram de formas distintas: Isabel Maranha Cardoso votou a favor e Carlos Monteiro absteve-se. Isabel Cardoso defendeu que as contas encontravam-se em condições técnicas e legais de serem votadas e aprovadas.

Carlos Monteiro, por sua vez, absteve-se por ter dúvidas de se na qualidade de presidente da empresa municipal teria direito a votar, tendo optado por não se ausentar da reunião. João Ataíde e António Tavares percecionaram que as contas deviam ser corrigidas antes de serem votadas, indo, desta forma, ao encontro da oposição em bloco.

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