História secular da cidade é “selo distintivo” que importa reforçar

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Foto Luís Carregã

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo, disse que a história secular da cidade é um “selo distintivo” que importa reforçar.

“Quanto mais e melhor celebrarmos a nossa história mais e melhor preparamos o futuro”, defendeu o autarca, ao intervir na abertura oficial do programa dos 900 anos do primeiro foral de Coimbra.

Concedido pelo conde D. Henrique em 26 de maio de 1111, o documento fundador do município de Coimbra motiva um programa comemorativo promovido pela autarquia que começa hoje e se prolongará por um ano.

João Paulo Barbosa de Melo disse que o concelho, 900 anos depois da carta foraleira que estabeleceu os seus direitos e deveres, não muda com a passagem desta data.

“A diferença está na ordem simbólica, que enriquece o espírito” de cada cidadão de Coimbra, fortalece a identidade concelhia e promove o seu desenvolvimento, sustentou.

Realçando que “Portugal preparou-se, resistiu, cresceu e envelheceu como nação nestes 900 anos”, o autarca do PSD defendeu que “é possível voltar a nascer”.

“Vivemos um tempo de grande perigo para a nossa soberania nacional”, com “imposições e exigências de reajustamentos”, alertou, sem mencionar em concreto as medidas adotadas face à crise económica, social e política do país, nem o memorando fixado pela “troika” internacional.

Na sua opinião, insistiu, Portugal “está sob um conjunto de ameaças que são graves”.

“É importante não esquecer nunca a dimensão política e histórica da nossa nação”, acrescentou, ao considerar que o país, em quase 900 anos de história, foi-se forjando no “equilíbrio entre o poder central e o poder local”, uma correlação de forças que na sua ótica não deve ser destruída.

O presidente da Câmara apelou aos concidadãos para “saberem ser fiéis aos muitos que fizeram Coimbra” e saberem enfrentar “os ventos de desgraça que por aí sopram”.

Na cerimónia, no salão nobre dos Paços do Concelho, intervieram ainda a vice-presidente do executivo e vereadora da Cultura, Maria José Azevedo Santos, e o presidente da Assembleia Municipal, Manuel Lopes Porto.

As docentes universitárias Maria Helena da Cruz Coelho e Paula Pinto Costa proferiram conferências sobre, respetivamente, a consolidação de Coimbra como concelho ao longo dos séculos, desde a emissão do seu primeiro documento foraleiro, em 1111, e o papel do conde D. Henrique enquanto líder político e militar do condado Portucalense.

A sessão incluiu ainda a apresentação pelo diretor da Filatelia dos CTT, Raul Moreira, do “inteiro postal” alusivo aos 900 anos do foral de Coimbra.

Seguiu-se a atuação do Coro Municipal Carlos Seixas e a partilha de um bolo gigante decorado com 900 pequenas rosas, confecionado por alunos da Escola de Hotelaria de Coimbra.

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