Afinal é possível levar milhares à Baixa

Spread the love

Editorial: Dora Loureiro

Tendo como atrativo o Baile da Rosa, de forte cariz popular, a última “Noite Branca” levou uma verdadeira enchente de pessoas à Baixa de Coimbra, que por lá se divertiram até de madrugada. A iniciativa, aliada às comemorações dos 900 anos do foral de Coimbra, conseguiu manter algumas lojas de portas abertas, encher as ruas de pessoas e mostrou, sobretudo, que a Baixa, que vem lutando contra uma espécie de abandono, afinal pode fazer parte dos itinerários dos conimbricenses, mesmo fora de horas.

Paredes meias com o Mondego e os esplêndidos parques das suas margens, a Baixa de Coimbra deixa a pouco e pouco de ser um local isolado, embora esteja ainda distante de lograr alcançar o papel central que teve noutros tempos. É preciso ainda, é certo, investir em organizações e programas de animação que levem mais pessoas à Baixa, apostar na atratividade do seu comércio,a braços com notórias dificuldades para competir com as grandes superfícies comerciais.

Mas é também imperioso não esquecer, por outro lado, que há ainda muito a fazer pela atratividade da Baixa de Coimbra, desde logo no que respeita à reabilitação do património, área na qual os investidores privados terão um importante papel. O Fundo de Investimento Imobiliário para a reabilitação da Baixa, recentemente criado, é um primeiro passo. Falta agora que surjam os projetos: se forem de qualidade e suficientemente atrativos, não faltarão interessados. Até porque a Baixa, mau grado alguns problemas de “má vizinhança”, facilmente resolúveis, é de facto um local privilegiado da cidade e da história.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.