A contagem decrescente já começou. Todos os lugares públicos deveriam ter um contador de dias, horas e minutos, tendo como referência o dia 5 de Junho, encimado com uma frase que deveria dizer qualquer coisa como “Devolver a Esperança aos Portugueses”.
Alguns andam mais tranquilos porque já sabemos que vem aí a primeira tranche de 18 mil milhões de Euros, necessária para pagar salários, pensões e outros compromissos do Estado Português.
Andam mais tranquilos porque o Memorando da Troika assinado pelo Governo definirá as políticas de base para o próximo quadriénio. Não sei se por estar em Inglês standard, parece que ainda não foi completamente lido pelo candidato do Partido Socialista.
Andam mais tranquilos porque anda por aí uma tese que defende que afinal a responsabilidade de aqui termos chegado não é de quem nos governou, mas de todos nós, que comprámos uma casa, um carro ou um electrodoméstico, durante as últimas três décadas.
Ora, esta tranquilidade de alguns tem que nos deixar revoltados, inconformados e, no mínimo, com alguma energia para dizer basta de demagogia, basta de tentarem enganar-nos, basta de não quererem ver a realidade, basta de não lhes apetecer discutir PORTUGAL, basta de andar com o Estado Social na boca, basta de não assumirem um mínimo de responsabilidade, basta de dizerem uma coisa e fazerem outra e basta de quererem continuar a tratar os Portugueses como pessoas incultas e desinformadas.
Temos cerca de duas semanas, para reflectir sobre o nosso futuro. Precisamos de realizar muitas reformas estruturais mas há uma que não está explícita no famoso memorando e que é fundamental aliás, é a grande linha política para a concretização de todos os compromissos assinados, em troca de 78 mil milhões de Euros, aproximadamente o valor que a divida pública portuguesa cresceu nos seis anos de governação deste partido socialista com o seu actual “grande líder”!
Essa linha política é a recuperação da nossa credibilidade junto dos parceiros europeus e internacionais. Recuperar a credibilidade junto de quem equaciona investir em Portugal, sejam investidores portugueses ou estrangeiros.
Só conseguiremos sair desta tragédia social de taxa de desemprego superior a 12%, se a economia recuperar, porque, por sua vez, o emprego só voltará se houver mais empresas e mais investimento directo estrangeiro.
Nada disto acontecerá a fazer mais do mesmo. E a pergunta de raciocínio básico, tentando acompanhar a forma simplista de raciocínio socialista, é se achamos que o Eng.º Sócrates, aquele que não assumiu um único, sim, um único erro na sua “perfeita” governação, será capaz de mudar e liderar as reformar que precisamos de fazer em Portugal ?
O recandidato de hoje, foi o primeiro-ministro de ontem que quase nos deixou sem salários e pensões, por mera táctica política e partidária, obrigando-nos a gastar centenas de milhões de
Euros de juros a 7 – 8%, evitando em cada PEC, assumir as medidas estruturais que, afinal, agora, não lhe parecem assim tão mal!
A culpa não é do PEC 4. Agora, todos os portugueses já perceberam mas, ainda têm dúvidas, ainda têm algum medo porque a máquina de propaganda do PS, o partido que corta abonos de família, que inventou as taxas moderadoras na saúde, que corta nas bolsas dos estudantes, que queria congelar as pensões sociais inferiores a 300 euros (PEC4), afirma, muitas vezes, todos os dias, para terem cuidado com o PSD.
Acusaram o PSD de ter uma agenda escondida mas, o partido que não concretiza nenhuma medida política num oco (mas fácil e rápido de perceber) programa, é o PS. Como qualquer semelhança é pura coincidência entre os dois programas, o PS entretém-se, agora, a criar “fait-divers” para ir preenchendo a sua agenda diária de campanha. É penoso mas, infelizmente, é a realidade.
Uma nota final, para os candidatos de todos os partidos ao círculo eleitoral do distrito de Coimbra. Do lado do PSD, apresenta-se uma lista liderada pelo José Manuel Canavarro, um Homem de Coimbra, Professor Universitário, Ex-Secretário de Estado e, sobretudo, falo com conhecimento de causa, uma pessoa que sente os problemas do distrito, nas mais variadas áreas sectoriais, como dele. Concordo inteiramente com o Presidente da Federação de Coimbra do Partido Socialista e passo a citar “os deputados devem ser avaliados pela ligação ao distrito”. Está dito e está escrito mas, já agora, de onde é a cabeça de lista do PS?
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