Tratamentos oncológicos devem ser centralizados nas instituições de maior capacidade

Spread the love

O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Carlos de Oliveira, defendeu que se deve centralizar os cuidados oncológicos nas instituições com maior capacidade de resposta para evitar desperdícios nesta área que reconheceu ser bastante dispendiosa.

Em declarações à Lusa, o presidente da Liga reconheceu que o país enfrenta uma crise financeira preocupante que pode afetar o serviço de saúde em Portugal, e o tratamento do cancro em particular, mas entende que “cortar não é solução”.

“Sei que os medicamentos novos introduzidos para o tratamento do cancro são extremamente dispendiosos e o Estado vai ter alguma dificuldade em fazer face a essa despesa. Mas a solução não é cortar nesses medicamentos, é criar uma verdadeira rede de referenciação hospitalar para os doentes oncológicos”, disse Carlos de Oliveira. O responsável considerou que é preciso “arranjar mecanismos para que a rede de referenciação oncológica funcione, efetivamente, e que seja contratualizada”.

Carlos de Oliveira defendeu, a este propósito, que “o Ministério da Saúde tem de contratualizar com as instituições da rede quais os tumores que essas [instituições] podem e devem diagnosticar e tratar, e quais as [instituições] que não devem abordar a problemática do cancro por serem pequenas e não terem equipas multidisciplinares”. Neste caso, frisou, “estão a gastar dinheiro, a pôr em risco a vida dos doentes e não se estão a utilizar os recursos que existem, que são poucos, na possibilidade de cura dos doentes”.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro assinala esta segunda-feira, dia 4 de abril, o 70.º aniversário.

One Comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.