Todos à luta, em Maio defender Abril!

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Ouvimos a toda a hora no autocarro, no comboio, no metro e no barco que “eles não se entendem”… ouvimos muitas vezes nas filas de espera do supermercado, na segurança social, nas finanças, nos correios, nos centros de saúde que “os partidos são todos iguais, querem lá eles saber das pessoas”… Ouvimos demasiadas vezes que “o FMI cá está porque não chegaram a acordo”…

Vamos por partes: o FMI está cá porque PS, PSD e CDS chegaram pela enésima vez a acordo e gritaram por estes cobradores de fraque para acudirem aos bancos e aos grandes grupos económicos e financeiros. O FMI está cá porque esta “troika partidária” chegou rapidamente a acordo sobre quem deverão recair mais sacrifícios: sobre os desempregados, os trabalhadores que só conhecem a precariedade e os baixos salários, os trabalhadores a quem roubaram o salário, os estudantes do ensino superior que perderam a bolsa de estudo, as famílias que perderam o abono de família, os reformados com pensões de miséria.

Mas porque de facto os partidos não são todos iguais, o PCP não reconhece legitimidade alguma ao FMI e não aceita esta ingerência externa apoiada por PS, PSD e CDS que pretende proteger aqueles que têm acumulado fortunas escandalosas em tempo de crise, ao mesmo pretende impor mais exploração, mais pobreza, mais dependência externa, mais desigualdade e injustiça social ao povo português.

E mesmo a calhar, as comemorações dos 37 anos da Revolução de Abril lembram bem que foi sempre com a resistência e a luta organizada que o povo português conquistou o direito ao emprego com direitos, à educação, à cultura, ao desporto, e a tantos outros direitos fundamentais, que hoje corajosamente defende exigindo a urgência de uma política patriótica e de esquerda.

Porque o povo português já deu muitas provas ao longo da História, sabemos que mais cedo que tarde nos transportes públicos, nas ruas, nas empresas, nas escolas cada vez mais jovens, homens e mulheres dirão de que como a luta do povo português pode travar este caminho de desastre nacional. E falarão da luta e de como já no próximo Domingo defenderão Abril com Maio! As ruas de norte a sul do país serão inundadas neste 1º de Maio de indignação e protesto e desaguarão num imenso mar de esperança e confiança de que é possível uma vida melhor.

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