Preso por ter cão… preso por não ter

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Luís Santarino

Todos sabemos o quão difícil é apresentar uma lista de deputados ao eleitorado, porquanto existem em Coimbra dezenas de nomes que dignificariam a cidade, o distrito e a região. Muitos não são militantes partidários, nem desejam sê-lo, o que lhes retira legitimidade reivindicativa.

Há quem acuse os partidos de se fecharem em si próprios. Percebo! Mas também os que mais acusam, são os mesmos que estão sempre à espera de algo “pós-qualquer coisa”!

Vamos ao que interessa.

O Partido Socialista vai ter de resolver a questão da sua lista de deputados, o que nunca foi um acto pacífico. Arrisco-me até a dizer que, pessoalmente, sempre foi um acto bem divertido. Todos o desejam em surdina, ninguém assume em discussão aberta. Ou seja, as salas, os corredores, os telemóveis, as pressões e até as chantagens são bons métodos.

Coimbra não pode estar, nem ficar, refém de equilíbrios patéticos quando precisa urgentemente de pessoas que, em sede de Assembleia da República, dignifiquem o seu nome, a sua história e defendam o nosso futuro colectivo.

Quem como eu assiste a este “carnaval” já lá vai um ror de anos e sempre em processos inovadores – uns mais disparatados do que outros – vê agora uma nova forma, mais livre e mais democrática, o que não é bem ao gosto dos que preferem a “muscambilhada”.

Por proposta do presidente da Federação de Coimbra, e apoiada por todo o Secretariado, foi decidido que as Comissões Políticas Concelhias deveriam debater o perfil do socialista que, em cada concelho, poderá estar melhor colocado para integrar a lista de deputados, percebendo que a “Praça da República não cabe na Rua Adelino Veiga”!

Este método tem várias vantagens. A primeira, prende-se com o facto dos socialistas serem chamados a pronunciarem-se. É que não se pode prometer uma coisa em campanha e fazer outra quando se tem o poder. Coerência faz parte da nossa ética política. A segunda e não menos importante prende-se com respeito que deveremos ter pelos militantes socialistas, única forma de a transmitir a todos os nossos concidadãos.

Vamos assistir nas próximas semanas a debates importantes, mobilizadores para o trabalho colectivo e afirmação de uma região. Todos percebem que os socialistas por si só não conseguem ter os votos suficientes para vencer eleições. Na rua, onde verdadeiramente se vencem e perdem eleições, já é voz corrente que Sócrates tem uma vantagem sobre Passos Coelho; NÃO quer intervenção externa e defende Portugal até ao limite das suas forças. Determinado… sim; teimoso não!

Os mais velhos sabem bem qual foi o significado do FMI por duas vezes em Portugal. Uma geração de homens e mulheres disponíveis para fazer sacrifícios sempre em nome da independência de Portugal e dedicação ao seu país. Nunca recusou esforço, empenhamento, espírito de sacrifício.

Não poderá haver lugar ao desânimo. Dever-se-à ir “buscar forças onde as houver”!

Aos que já estão vendidos ao “day after” direi: não haverá perdão pela traição!

A última coisa que se perde é a dignidade!

As gerações futuras merecem um novo e renovado governo do Partido Socialista.

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