Pedidos de ajuda na Guarda aumentaram 35 por cento

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Cerca de 170 famílias da Guarda recebem ajuda social e económica da Cáritas, o que significa um aumento de 35 por cento face a igual período do ano passado, disse à Lusa a presidente da instituição.

“São pessoas que pedem, fundamentalmente, coisas de subsistência imediata, como alimentos, medicamentos e roupa”, disse Emília Andrade, presidente da Cáritas Diocesana da Guarda, à margem da conferência de imprensa de apresentação do projeto ‘100 muralhas’ que envolve alunos de quatro escolas da zona raiana.

Segundo a dirigente, a situação atual em termos de procura da instituição “é aflitiva” e o número de carenciados “tem aumentado nas últimas semanas”.

Famílias alargadas, mães sozinhas, famílias com elementos deficientes ou doentes, desempregados e jovens em risco são quem mais procura a Cáritas, indicou.

“Muita gente está desempregada ou está a trabalhar em trabalhos ocasionais e não recebe o ordenado mínimo”, contou a responsável, indicando que a instituição presta apoio diário, semanal, mensal e bimensal.

A aumentar a procura, Emília Andrade vaticina que a instituição porá de parte alguns projetos que estão a ser desenvolvidos, para canalizar os fundos “para o atendimento social”.

A responsável assegurou que a Cáritas da Guarda “nunca abandonará o atendimento social de proximidade, porque é a missão e a vocação essencial” da organização.

Quanto ao projeto ‘100 muralhas’ hoje apresentado, a responsável adiantou que está a decorrer desde o início do ano letivo em escolas de Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida, Sabugal e Penamacor, na zona da raia com Espanha, no âmbito da área de projeto do 12.º ano.

Envolve 25 alunos e agentes locais de cada escola, num total de 100 elementos, e tem como finalidade contribuir para que os estudantes ganhem “amor à terra” e tenham “orgulho em ser raianos”, explicou.

Paulo Neves, o coordenador da iniciativa, adiantou que o projeto está a ser desenvolvido “num território que é considerado dos mais pobres da Europa” e pretende ser um contributo “para o combate ao despovoamento”.

“O grande objetivo do ‘100 muralhas’ é contribuir para que os alunos e outros agentes locais, desenvolvam ações sobre a identidade do território onde habitam e elaborem produtos finais capazes de promover a autoestima pessoal e social da região raiana, em prol do desenvolvimento local”, indicou.

Os estudantes estão a desenvolver trabalhos em áreas como sustentabilidade ambiental, tradições e costumes, energias alternativas e potencialidades turísticas, contou.

O resultado final será dado a conhecer publicamente num evento a realizar no dia 28 de maio, em Vilar Formoso.

 

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