Câmara de Oliveira do Hospital admite deixar de pagar conta da água

Spread the love

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH), Carlos Alexandrino, admitiu esta sexta-feira (8) que, “a manterem-se as tarifas cobradas” pela Águas do Zêzere e Côa (AdZC), o município vai deixar de pagar” à empresa.

Em declarações à Lusa, Carlos Alexandrino afirmou que, “apesar de ter as contas em dia” com a AdZC, a CMOH não vai ter condições no futuro para continuar a pagar, “tal como outros municípios, que já têm dívidas enormes”. O autarca queixou-se dos preços que paga pelos efluentes, onde “são contabilizadas as águas pluviais”, o que, “em tempo de chuva, faz disparar a fatura”.

O presidente do Conselho de Administração da AdZC, João Pedro Rodrigues, confirmou que o município de Oliveira do Hospital tem as contas regularizadas e disse esperar que assim continue. “Vamos continuar a enviar as faturas para a CMOH”, assegurou.

Carlos Alexandrino, por sua vez, admitiu que o município se prepara para deixar a empresa e encetar “um processo de migração para a Águas do Mondego” (AdM), situação que “não está a ser bem aceite pelos restantes 14 municípios” que integram a AdZC.

O autarca queixa-se ainda da “falta de solidariedade” da AdZC, que “nunca disponibilizou a Oliveira do Hospital um lugar no Conselho de Administração” e que “agora vem dizer que Oliveira e Seia são muito importantes para a empresa”.

O presidente da CMOH aguarda uma reunião da Assembleia Geral da AdM, agendada para o final do mês, “onde será discutida com os municípios que a compõem a entrada para a empresa”.

“A AdM tem dimensão e pratica preços mais acessíveis”, afirmou, acrescentando que “ainda recentemente distribuiu dividendos pelos acionistas”. O administrador da AdZC referiu ter conhecimento desta vontade, apesar de discordar da mudança. “Estas mudanças não dependem apenas da vontade dos municípios”, afirmou.

Caso se concretize, João Pedro Rodrigues espera que a empresa “seja devidamente ressarcida” e que isso “não traga consequências negativas que possam inviabilizar a sua continuidade”.

One Comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.