Os trabalhadores do centro de distribuição postal de Taveiro, Coimbra, concederam hoje um prazo até 6 de abril para os CTT decidirem climatizar o local de trabalho, ou avançam com uma greve dia 21, em vésperas da Páscoa.
Henrique Santos, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), explicou que até aquela data aguardarão “uma resposta concreta”, finda a qual irão para a luta, para tentar resolver um problema pelo qual vêm lutando desde dezembro do ano transato.
“Quando o calor aperta é uma estufa. No inverno é um frio de rachar”, declarou aquele coordenador da secção da Beira Litoral do SNTCT, frisando que a empresa não acautelou as condições de trabalho quando decidiu mudar os trabalhadores para um piso inferior, onde anteriormente funcionaram as oficinas.
Na sua perspetiva, o que é necessário fazer para melhorar as condições laborais de 30 trabalhadores é instalar um teto falso e equipamentos de ar condicionado, com um investimento que não deverá chegar aos 20 mil euros.
Henrique Santos enalteceu a atitude “colaborante da gestão local”, mas considera que esta pouco pode fazer, pois “depende de pessoas que estão acima”.
Recentemente – exemplificou – “para a mudança de uma simples tomada telefónica foi preciso pedir autorização a Lisboa”.
O dirigente admitiu que a escolha do dia 21 teve a ver com o impacto que a luta pode ter, pois afectará o período precedente à Páscoa e até 26 de abril, a seguir ao feriado evocativo da revolução de 1974.
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