O Hospital de Santo André, em Leiria, planeia começar, até ao verão, a implantação de cardiodesfibriladores para prevenir a morte súbita em doentes de risco, anunciou hoje (22) o diretor do serviço de cardiologia, João Morais.

Para o médico, é “importante” a possibilidade de a unidade de saúde poder fazer esta intervenção em doentes que “têm um risco particular de ter morte súbita”, exemplificando com os utentes em situação pós enfarte do miocárdio. “A questão que se coloca aqui é se faz algum sentido que um hospital, que tem praticamente tudo, tenha que continuar a precisar de outros e os doentes terem de se deslocar apenas por isto”, declarou João Morais.

Segundo o responsável, o “ideal” é que o hospital possa tratar os doentes “desde o princípio até ao fim, desde que o doente entra com um enfarte do miocárdio até que saia”.

João Morais assegurou que para implantar o cardiodesfibrilador o hospital não necessita de mais equipamentos ou meios humanos, prevendo, quando iniciar este procedimento, fazer, dois por mês.

“É uma questão de oportunidade”, acrescentou João Morais, que apontou um valor de cerca de 25 mil euros para a implantação, por doente, deste tipo de equipamento que “não é pago pelo Serviço Nacional de Saúde”. Sobre a questão financeira que envolve este tipo de intervenções, o diretor do serviço de cardiologia sustentou que o hospital tem definidos custos, prioridades e capacidade.