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O diretor do Diário de Coimbra, Adriano Lucas, morreu na última madrugada aos 85 anos. Adriano Lucas estava doente há algum tempo e faleceu em Lisboa.

No suplemento editado em janeiro deste ano, altura em que prefez seis décadas na direção do Diário de Coimbra, foi dito que Adriano Lucas ficou responsável pelo jornal em 17 de Dezembro de 1950, logo depois da morte de seu pai. Desde então, imprimiu o seu cunho pessoal na gestão, tendo assumido como “bandeira” da publicação a regionalização, “enquanto processo de efectiva descentralização e transferência de poderes e competências para as várias regiões do país”.

Sob a sua liderança, o Diário de Coimbra resistiu à ditadura salazarista e às tentativas de controlo comunista, no pós 25 de Abril, tendo representado os jornais diários portugueses na comissão que elaborou a Lei da Imprensa, publicada em Fevereiro de 1975. Foi membro do Conselho de Imprensa durante toda a sua existência (1975/90) e integrou a ENPA (Associação Europeia de Jornais), a FIEJ (Federação Internacional de Editores de Jornais), mais tarde da WAN-IFRA (Associação Mundial de Jornais e Editoras de Notícias) e a Associação de Imprensa Diária (AID). Foi ainda administrador fundador do CENJOR (Centro Protocolar de Formação de Jornalistas) e da NP – Notícias de Portugal.

O funeral tem lugar amanhã com a realização de uma missa em Lisboa às 11H00. Nova missa está marcada para as 16H00 desta quarta-feira na Igreja de Santo António dos Olivais, onde o corpo será depois levado para jazigo no Cemitério dos Olivais.