Foto de Luís Carregã

A Associação Académica de Coimbra (AAC) vai promover um boicote geral às aulas no próximo dia 24 de março, Dia do Estudante, em protesto contra a política de ação social do Governo, anunciou a direção-geral.

A decisão, tomada em assembleia magna, na quinta-feira à noite, defende que “é necessário continuar a lutar pelos direitos dos estudantes e persistir para alcançar um sistema de ação social efetivo para todos, adequado às reais necessidades dos estudantes do ensino superior”.

Numa moção aprovada pelos estudantes, que estiveram em número reduzido na assembleia, a direção-geral da AAC não esquece os alunos bolseiros e candidatos a bolsas que este ano ficaram excluídos do novo enquadramento legal proporcionado pela retirada das bolas do decreto-lei 70/2010

“No imediato, a possibilidade de resolução depende exclusivamente do Governo. Exigimos uma resolução para este ano letivo pois não pode, um país que se diz cumpridor do princípio da solidariedade nacional, privar os seus cidadãos de estudar por falta de condições económicas”, lê-se na moção.

O presidente da AAC, Eduardo Melo, recordou que os serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, “por exemplo, têm ainda por analisar mais de 30 por cento dos processos de candidatura a bolsa de estudo”.

Em declarações à agência Lusa, o líder estudantil frisou ainda que a AAC quer ser ouvida na discussão do regulamento de atribuição de bolsas de estudo do próximo ano letivo.

No dia 24 de março, os estudantes vão colocar as bandeiras a meia-haste e concentrar-se na Alta Universitária, no Largo D. Dinis, onde vão decorrer diversas iniciativas para divulgar as reivindicações estudantis.

O líder da AAC adiantou ainda que, no próximo sábado, elementos da direção-geral e estudantes da Universidade de Coimbra vão participar, em Lisboa, no protesto “geração à rasca”, sendo disponibilizado transporte aos alunos interessados em participar.