Rede de castelos medievais recupera ambição e identidade nacional

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Foto Carlos Jorge Monteiro

Serviram outrora de linha defensiva da cidade de Coimbra, mas agora “renascem” como uma linha avançada para o desenvolvimento e competitividade da região Centro. A Rede Urbana de Competitividade e a Inovação dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego une oito concelhos – Coimbra, Figueira da Foz, Pombal, Lousã, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Penela e Soure – com um património comum que perdura desde os tempos ancestrais da reconquista cristã e do início da nacionalidade portuguesa.

Para que se cumpra este desígnio de valorização do território e de criação de um novo produto turístico e cultural, o projeto vai traduzir-se num investimento de 10 milhões de euros, dos quais seis milhões são financiados pelo Mais Centro.

“A região ganhará mais uma marca de projeção e de inovação. Hoje é o ponto de partida”, disse Paulo Júlio, mentor da ideia, durante a apresentação que decorreu ontem no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. O presidente do Município de Penela lembrou que a ambição “é fundamental para ligar o território e, assim, cumprir o desígnio de desenvolvimento regional”.

Em Coimbra, um dos projetos previstos passa pela valorização da Torre de Anto e a sua transformação num Museu da Guitarra e do Fado, um investimento de 700 mil euros. Para Penela, está pensada a Casa da Noz. Para Miranda do Corvo, a Casa do Design.

Além da requalificação de espaços envolventes e da sinalética, serão instalados “miradouros virtuais” em todas as muralhas e lançados jogos de estratégia para atrair novos públicos.

Pretende-se ainda, criar novas atividades económicas e fortalecer as existentes, tirando partido dos recursos humanos qualificados e das sinergias existentes em termos de economia do conhecimento.

O estabelecimento deste desígnio – recorde-se – pressupõe a integração de vários parceiros da região: desde autarquias à direcção regional de Cultura, a Entidade de Turismo do Centro, a Universidade de Coimbra, o IPN e a ACIC.

Como referiu ontem Alfredo Marques, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, todas as entidades estão juntas no desígnio de “reverter a perda da identidade nacional e da nossa história”. Por isso, teve razão Paulo Júlio quando afirmou: “também aqui se constrói Portugal”.

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