PS Lousã e Miranda aplaudem metro até 2014, BE Coimbra desconfia

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O PS da Lousã e Miranda do Corvo aplaudiu hoje (3)  o compromisso do Governo de executar o projeto Metro Mondego entre Serpins e Coimbra-Portagem até 2014, enquanto o Bloco de Esquerda de Coimbra considerou que existem muitas incertezas.

O compromisso foi assumido pelo secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, e os autarcas de Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra numa reunião que decorreu ontem (2), em Lisboa, com o ministro das Obras Públicas, para discutir uma solução para o projeto Metro Mondego.

No final da reunião, Correia da Fonseca disse ainda que “será criada, com o Metro Mondego, as três autarquias e a Secretaria de Estado, uma equipa para ver que gorduras, que simplificações é que se pode fazer ao projeto, no sentido de o tornar menos oneroso e cumprir a sua vocação fundamental que não é embelezar cidades mas oferecer soluções de transportes para as pessoas”.

“O PS/Lousã, depois da reunião (..) entre o Governo e os três presidentes de Câmara [Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra] reforça mais uma vez a sua convicção na execução do projeto e aproveita para destacar a ação de liderança firme, empenhada e coordenada que os autarcas têm tido neste processo”, salienta um comunicado daquela estrutura.

Por seu lado, os socialistas de Miranda do Corvo referem que, “perante estes sinais de esperança, podemos afirmar que se começa a ver a luz ao fundo do túnel”, embora acrescentem que gostariam de “ver as obras concluídas dentro dos prazos previstos”.

Desde o início de 2010 que estavam em curso duas empreitadas superiores a 50 milhões de euros, entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra), no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a instalação de um metro ligeiro de superfície na Linha da Lousã e na cidade de Coimbra.

Em novembro, a Refer – Rede Ferroviária Nacional – ordenou aos empreiteiros a supressão dos trabalhos relacionados com a plataforma da linha, assentamento de carris e construção da catenária, um investimento que rondaria os 13 milhões de euros, motivando uma onda de protestos e contestação por parte dos autarcas e da população dos concelhos abrangidos.

Apesar do Governo anunciar agora a concretização das obras até 2014, depois de as ter suspenso, o Bloco de Esquerda do distrito de Coimbra considera que “o problema está longe de estar resolvido”.

“Existem ainda muitas incertezas quanto à retomada do projeto Metro Mondego tal como estava previsto. Em primeiro lugar, foram feitas sucessivas promessas às populações de Coimbra, Lousã e Miranda, e elaborados sucessivos calendários de conclusão das obras, que nunca foram cumpridos”, frisam em comunicado os bloquistas.

“É preciso, portanto, uma garantia clara, de que o prazo de 2014 é mesmo para concretizar”, lê-se no documento, onde é também denunciado que “não foi ainda adiantada qualquer data ou proposta para a realização do troço urbano da cidade de Coimbra, nomeadamente a Linha do Hospital”.

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