Em 2005, o primeiro-ministro José Sócrates fez um telefonema a Carlos Zorrinho, então coordenador do Plano Tecnológico, para lhe dizer – tratando-o por tu – que o 25.º lugar de Portugal na lista europeia de inovação em 27 países da Europa era “medíocre” e “humilhante”. Foi o próprio Carlos Zorrinho – agora secretário de Estado da Inovação –, que o confessou, ontem em Coimbra, na presença de Sócrates. A revelação serviu para dar ênfase à atual 15.ª posição na mesma Innovation Union Scoreboard, de acordo com os resultados ontem divulgados em Bruxelas.
Com informação privilegiada sobre estes dados desde a véspera, o gabinete do primeiro-ministro não perdeu tempo em agendar uma visita à incubadora do Instituto Pedro Nunes (IPN), instituição que ganhou no final do ano passado, em Liverpool, o primeiro lugar mundial das incubadoras de base tecnológica.
Portugal lidera os últimos
Dois anos e meio depois de ter estado na inauguração das instalações da nova incubadora, José Sócrates distinguiu o facto de Portugal ser “o país que mais cresceu na lista europeia de inovação, liderando a lista de países moderadamente inovadores”: Espanha, Polónia, Hungria, Grécia, República Checa e Itália, entre outros.
Nos últimos cinco anos Portugal subiu 10 lugares na tabela – de acordo com os dados divulgados por Bruxelas – embora só tenha subido um lugar em relação ao ano passado.
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