Esse estranho calendário!

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A “censura” saiu à rua. Na oposição não há ninguém que se “preze” que não suspenda sobre o Governo, por um fio, qual espada de Dâmocles, a tal moção de censura. Está na moda,” é bem” falar nela, mas todos temem o “momento” em que possa cair. Ocupar aquele lugar poderá não ser uma “fortuna”.

Desde a irresponsabilidade do Bloco até à pseudo responsabilidade do PSD, passando pelo histriónico CDS até à voz da “ditadura do proletariado”, tudo tem vindo a acontecer.

O Governo, entretanto, continua a Governar, a enfrentar o desafio da competitividade, fazendo com que o país continue a crescer, as exportações a aumentarem, o défice a descer, as encomendas à indústria a subirem, acompanhando e incentivando os agentes económicos em geral, os exportadores em particular, tudo para criar sustentabilidade e emprego.

Há analistas que tudo explicam e resolvem, economistas que tudo prevêem para um futuro negro, “patriotas” que de cada boa notícia fazem um desmerecimento.

É recorrente acusar-se o Governo de ser optimista, de falar de um país que não existe, condenando-o mesmo por tentar puxar pelo ânimo e auto-estima de todo um povo, num momento em que todos procuram um caminho e uma esperança.

No entanto, ninguém ousou ainda dizer a esse povo com que país ficaria se precipitasse uma crise política institucional, como se abateriam sobre nós os mercados, como ficaria cada português e as suas famílias, que número de desempregados iria acrescer às dificuldades actuais, que direitos, liberdades e garantias seriam diminuídos.

A Irlanda e a Grécia enfrentam dificuldades extra depois da entrada do FMI, com juros igualmente extra, “extra-elevados”.

Estes países tiveram contracção, a Inglaterra também (todas as guerras têm um preço), a Espanha teve um crescimento negativo de -0,1% e nós, com um crescimento de +1,4%, ao mesmo tempo que diminuímos o défice – a maior redução em toda a União Europeia – sentimos que a “esperança das oposições” está no apoucamento deste esforço.

É um erro inimaginável.

Um partido como o PSD, que durante os últimos seis anos teve outros tantos líderes, em nada contribuindo para uma reforma – uma única – não tem legitimidade moral, nem autoridade política, para depois – se provocar uma crise política (e se ganhar eleições) – vir dizer que a culpa é dos “outros”.

É que os “outros”, como todos os portugueses, querem soluções. O PSD exige a este Governo resultados em três meses e pede para si oito anos. Podemos começar por discutir esse estranho calendário!

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