A Câmara de Aveiro ativou em janeiro passado a contabilidade de custos, uma medida que vai permitir perceber onde estão a ser aplicados os recursos e se estão a ser geridos da melhor forma, anunciou hoje (14) a autarquia.
“Perante a preocupação crescente com a obtenção de eficiência, eficácia e economia na gestão dos gastos públicos, a informação proporcionada pelas demonstrações financeiras obtidas pelos dois subsistemas contabilísticos – orçamental e patrimonial – tornou-se escassa”, assume a autarquia em comunicado.
A contabilidade de custos, segundo a mesma nota, é o ramo da contabilidade que produz informação de apoio à gestão, útil aos diversos níveis organizacionais, de forma a auxiliar o planeamento, a tomada de decisões, a afetação de recursos e o controle das operações.
Essa informação é obtida pela agregação dos custos, em centros de custo, criados propositadamente, em função, no caso, da estrutura da autarquia e da sua realidade.
Assim, este subsistema da contabilidade vai identificar os custos totais a imputar a obras, bem como os inerentes às prestações de serviços a clientes, contribuintes e utentes.
Da sua posterior análise, retirar-se-á o montante que a autarquia suportou com as diversas atividades ou obras, construindo daí uma base de trabalho capaz de orientar decisões subsequentes.
Segundo a vereadora Ana Neves, a implementação da contabilidade de custos requereu “um trabalho preparatório de cerca de meio ano”, que contemplou a construção de “um novo ficheiro de bens e serviços – a base deste subsistema contabilístico, onde os todos os custos são imputados”.
Foi ainda necessário formar os elementos que trabalham diariamente com as várias aplicações informáticas que congregam informação para o Sistema de Contabilidade Autárquica e realizar diversas reuniões de trabalho.
“Foi um processo iniciado no âmbito das responsabilidades que tinha no Pelouro Financeiro e que prossegui, dado que a implementação da contabilidade de custos faz parte de um outro projeto, ainda mais abrangente, denominado Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas, o qual se desenvolve no domínio do pelouro administrativo”, adiantou a vereadora.