Associação garante que há hospitais públicos que tratam obesidade sem condições

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A Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO) afirmou hoje (26) que há hospitais públicos que tratam obesidade sem condições para o fazerem e acusa a tutela de falta de fiscalização.

“Nós sabemos que existem vários hospitais públicos que não têm nem as instalações adequadas, nem os equipamentos adequados e que continuam a tratar a obesidade. O que está a fazer a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), uma vez que há uma lei que não está a ser cumprida?”, alertou o presidente da ADEXO. Carlos Oliveira contou que “há pessoas que se queixam que não estão a utilizar os equipamentos corretos, por questões meramente económicas”.

“Os hospitais que se candidataram [a serem centros de tratamento da obesidade] garantem ter uma série de condições constantes numa circular normativa – que é uma lei de saúde em Portugal. Estes centros foram acreditados como tendo as condições, porque dizem que têm. Mas depois tem que ser verificado”, disse.

Carlos Oliveira acusou ainda as administrações dos hospitais públicos de não cumprirem o número de cirurgias de obesidade contratualizadas com a tutela para 2010. “Não sabemos o número exato de operações que se fizeram, porque não há números oficiais, mas sabemos que está entre as 1.500 e as 1.600. ou seja, estaremos à volta dos 70 por cento do cumprimento”, afirmou.

O presidente da ADEXO lembrou ainda que, no ano passado, as listas de espera “não foram minimizadas” e que é necessário perceber se as mortes ocorridas em hospitais públicos na sequência de operações ligadas à obesidade “estão dentro dos padrões considerados normais”.

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