A transferência de doentes do Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC) decorreu “num espaço de tempo inferior ao previsto”, disse a administradora Rosa Reis Marques.

“Correu tudo muito bem, de acordo com o que estava programado e não houve qualquer problema, graças, fundamentalmente, ao profissionalismo” dos técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e funcionários do HPC envolvidos na operação, acrescentou aquela responsável.

A transferência das 48 crianças que estavam internadas nas antigas instalações do Pediátrico foi garantida por oito ambulâncias e respetivas tripulações do INEM, disse a presidente do conselho de administração do CHC (Centro Hospitalar de Coimbra), Rosa Reis Marques, instituição em que está integrado o HPC.

A mudança de um para o outro edifício, situados a algumas centenas de metros de distância, na Alta da cidade de Coimbra, “correu tão bem”, que os técnicos do INEM e outros profissionais “puderam fazer intervalo para almoçar”, acrescentou.

Os oito doentes em situação mais crítica foram transferidos às 16H00 de sábado, conforme estava planeado, mas essa operação poderia ter sido iniciada às 14H00, adiantou Rosa Reis Marques, sublinhando que o sucesso da mudança se deve, antes mais, à competência de todos os técnicos envolvidos, incluindo funcionários do HPC que “nem sequer estavam de serviço, mas resolveram também colaborar” na mudança.

A ausência de chuva e o reduzido volume de tráfego durante a manhã, naquela área da cidade, entre as antigas instalações do HPC, em Cruz de Celas, e o novo edifício, no Alto da Baleia, também contribuíram para que a transferência fosse feita em menos tempo que o previsto, reconheceu Rosa Reis Marques.

Durante grande parte do dia de hoje, o HPC funcionou com “vários serviços em duplicado”, nas antigas e novas instalações, e durante a manhã “chegou mesmo a ser feita uma intervenção” no velho edifício, disse Carlos Mendonça, diretor clínico do CHC.

Rodrigo, de três anos de idade, residente em Oliveira do Hospital, foi o primeiro doente a ser recebido nas urgências do novo HPC, dez minutos antes destes serviços abrirem formalmente, às 16H00.

“Resolvemos vir diretamente para aqui”, pois a situação da criança, embora inspirasse cuidado, não aparentava ter gravidade que justificasse recorrer ao antigo hospital, para ser atendida de imediato, explicou o pai da criança, já depois do filho ter sido “visto e receitado pelo médico” e poder regressar a casa.

A operação de transferência de todos os doentes internados nas antigas instalações do HPC ficou concluída pelas 18H00 de sábado. Mas no velho edifício do Pediátrico mantém-se uma equipa médica, para socorrer qualquer doente que eventualmente ali se dirija e cujo estado de saúde não aconselhe o seu reencaminhamento para as novas instalações.

O antigo Pediátrico ficará totalmente desativado na segunda-feira, prevendo a administração que o edifício fique completamente livre no espaço de duas semanas.