Querem umas lições de História? Perguntem ao José Alberto Costa

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Foto Luís Carregã

Éder, Sougou e Bischoff. Estes três nomes vão entrar para o próximo livro da Académica. Foram os marcadores dos três golos com que a Académica venceu, esta sexta-feira, o V. Setúbal (3-2), colocando a equipa novamente numa meia-final, 28 anos depois.

É preciso recuar à época de 1982/1983 para ver a Académica numa meia-final. História? Para uma equipa que até foi a primeira a vencer a Taça de Portugal, já não se pode falar em inéditos, mas ninguém duvida que a Académica voltou a fazer história frente ao V. Setúbal. Curioso o facto de, na última aparição nas meias-finais da competição, a Académica ter sido ainda mais surpreendente, já que disputava na altura a Liga de Honra.

Para lá chegar, foi preciso eliminar o Vasco da Gama de Sines (6-0), o Rio Ave (4-0), o V. Guimarães (3-2, no desempate, depois de, no primeiro jogo ter ficado 0-0), o Esperança de Lagos (4-1) e o Valdevez (2-1).

Uma longa caminhada até às “meias”, onde, para mal dos pecados dos jovens conimbricenses, na “rifa” calhou o FC Porto, que apesar de não ter sido campeão nacional nesse ano – ainda se vivia o domínio das equipas lisboetas – tinha nas suas fileiras Zé Beto, Simões, Inácio, Pacheco, Jaime Magalhães, um tal de José Alberto Costa bem conhecido do atual treinador da Académica e um avançado chamado Fernando Gomes. Só para o campeonato, Gomes marcou 36 golos… em 30 jogos. Não é por isso de estranhar que o resultado do encontro tenha sido desnivelado (9-1 para os “dragões”).

Agora a história é outra

Vinte e oito anos depois, a Académica já não está na Liga de Honra e corre seguramente o risco de levar uma goleada tal. Pelo contrário. O adversário é o V. Guimarães, que a Briosa já venceu esta época (3-1 à 6.ª jornada), com três “golões” apontados por Diogo Melo, Sougou e Laionel.

Agora a eliminatória também se disputa a duas mãos, o que quer dizer que a Académica começa em Guimarães, mas tem no Estádio Cidade de Coimbra a última palavra a dizer. Este será o maior teste até esta altura para uma e outra equipa.

Enquanto a Académica eliminou Cesarense (2-1, após prolongamento), Beira-Mar (2-0), U. Madeira (3-1) e V. Setúbal (3-1), os vimaranenses deixaram para trás, até esta altura, At. Malveira (4-0), Portimonense (2-1), Torreense (2-0) e Merelinense (2-0).

Bischoff renascido

Um dos trunfos de José Guilherme na partida dos quartos-de-final foi Amaury Bischoff. Sim… aquele que jogou no Werder Bremen e no Arsenal, mas que nunca era opção em Coimbra. O novo treinador deu-lhe a mão e Bischoff parece caminhar de mão dada com as ideias de Guilherme. Pena ser numa altura em que o luso-francês está em final de contrato.

José Guilherme tem agora uma nova (e boa) “dor de cabeça” no meio-campo, já que Nuno Coelho já deve estar recuperado para a partida desta quinta-feira (20H30) no Estádio D. Afonso Henriques. Adrien, Diogo Melo e Bischoff parecem estar “de pedra e cal” no “onze”.

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