Antes de Mário Ruivo, o panorama era o seguinte: Governo e câmaras de Coimbra, Lousã e Miranda não dialogavam, há mais de sete meses; a perceção generalizada era a de que o projeto do metro estava posto de parte; a reivindicação mais ouvida era a de que voltassem a pôr as carruagens e os carris antigos.
Com a sua intervenção, o presidente da Federação Distrital do PS conseguiu desbloquear o diálogo. E, na sua reunião em Lisboa, com a equipa do Ministério das Obras Públicas e Transportes, conseguiu a garantia de que o projeto de mobilidade seria para continuar e, também, de que as obras seriam retomadas.
De tudo isto deu conta, ontem, Mário Ruivo aos jornalistas. E disse mais, o líder socialista: “Depois, alguma coisa correu mal”. Ou seja, o que ficou combinado entre ele e o secretário de Estado Correia da Fonseca não se concretizou. “O curioso é que, do gabinete do secretário de Estado dizem-me que ele deu conta do reinício das obras aos presidentes de câmara, mas estes dizem que não”, acrescenta.
Segundo Mário Ruivo, parece ter havido quem tivesse ficado incomodado. “Que fique claro que eu não estou aqui para ter protagonismo e, muito menos, estou a boicotar o trabalho de quem quer que seja”.