Onde param os 52 milhões do Metro Mondego?

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Foto Gonçalo Manuel Martins

O presidente da Comissão de Coordenação do Centro disse desconhecer o destino dos 52 milhões de euros para o Metro Mondego que estavam no Programa Operacional Regional e que a anterior tutela decidiu passar para os programas nacionais.

“Sempre defendi que este deveria ser um projeto para um programa nacional. Aliás, sugeri passar o financiamento do projeto Metro Mondego para o Plano Operacional de Valorização do Território [POVT] e a anterior tutela disse que sim, que poderia contar com isso”, explicou Alfredo Marques.

Questionado pelos deputados presentes da Comissão Parlamentar de Desenvolvimento Regional, que insistiram em saber o destino da verba, Alfredo Marques afirmou: “o financiamento saiu do Programa Operacional regional e não foi tratada a colocação no POVT. Não está em lado nenhum”.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) falava hoje no Parlamento onde foram também ouvidos os responsáveis das comissões de coordenação do Centro, Algarve e Lisboa e Vale do Tejo.

Na apresentação que fez a propósito do Programa Operacional do Centro (‘Mais Centro’), Alfredo Marques destacou a “forte dinâmica de investimento empresarial na região”, mas sublinhou que “ainda existe um problema ao nível da Investigação e Desenvolvimento Tecnológico [I&DT]”, assunto em que a dinâmica de investimento das empresas é “ainda aquém da média nacional”.

Quando à execução do programa ‘Mais Centro’ o valor apresentado ultrapassa os 15 por cento, com Alfredo Marques a reconhecer que “a execução começou tarde” mas a mostrar-se “satisfeito” com a recuperação conseguida em 2010.

Em relação às taxas de execução dos vários programas operacionais regionais e dos programas temáticos (nacionais), o responsável considerou que os planos regionais são “muito mais complexos porque têm duas agendas ao mesmo tempo e, por isso, têm taxas menores”.

“Espero que os PO regionais não sejam prejudicados pela reprogramação”, acrescentou. O responsável pela CCDRC revelou ainda que a vertente da Política de Cidades “tem um problema de execução”, com um valor de 8,9 por cento, bem mais baixo do o Sistema de Incentivos (21,8 por cento) e a Contratualização (18,9 por cento).

A Assembleia da República aprovou segunda-feira por unanimidade um projeto de resolução que recomenda ao Governo a continuidade das obras do Metro do Mondego em 2011, que foram suspensas devido ao Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) III.

Foi igualmente aprovado, com a abstenção do PCP, um projeto de resolução apresentado pelo PSD para a “reposição da ligação ferroviária Coimbra-Serpins e Metro ligeiro do Mondego” e um projeto de resolução do CDS-PP recomendando uma “nova calendarização para as obras do sistema de mobilidade do Mondego”.

Com os votos contra do PS foi ainda aprovado o projeto de resolução do PEV para que o Governo faça a “reposição urgente da mobilidade ferroviária no ramal da Lousã”, assim como a iniciativa do PS de recomendação ao Executivo que “reafirme a prioridade do sistema de mobilidade do Mondego”, desta feita com a abstenção do PCP e do PEV.

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