A Cultura tem sido, ao longo dos anos, o parente pobre dos governos portugueses. Porquê? Porque é mais fácil cortar nos apoios ao teatro ou à dança do que na Saúde, na Educação ou na Segurança Social.
Porquê? Porque as indústrias criativas não são fundamentais à sobrevivência da humanidade, porque elas não dão emprego aos jovens, porque elas não criam riqueza para as comunidades? Ora bem, aí está um conjunto de razões que, felizmente, a cidade de Coimbra contraria.
Um curso de Teatro e Educação da Escola Superior de Educação que existe há 10 anos e que garante emprego, um pouco por todo o país, a quase todos os seus alunos.
Em câmaras, em companhias de teatro, em instituições que trabalham com crianças, jovens e idosos. Talvez contrariem as regras. Mas confirmam que os projetos com qualidade têm pernas para andar e para se afirmar. Mas não só. No contexto da criatividade, Isabel Garcia, das Edições Minerva, apresentou o projeto das “Cidades Criativas da Unesco” e como se poderá fazer uma possível candidatura de Coimbra.
Sabendo bem do que fala – quer no que diz respeito à falta de apoio, quer no que diz respeito aos projetos que teimam em resistir na cidade –, Isabel de Carvalho Garcia lançou, em 2009 em Coimbra, a reflexão e o debate sobre as Indústrias Culturais e Criativas entendendo-os como novas realidades, novos horizontes, novas oportunidades.