Os presidentes das câmaras de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã mostraram-se contrários à realização de mais estudos para definir o melhor sistema de mobilidade para a ligação Serpins-Coimbra.
No final da reunião com o ministro das Obras Públicas e secretário de Estado, João Paulo Barbosa de Melo referiu que “o Governo continua convencido de que ainda é tempo de continuar a fazer mais estudos”, o que na sua opinião “não faz sentido”. “Há um tempo para estudar, para planear e para executar, o que está a acontecer agora”, disse. O autarca referiu que os três municípios mostraram abertura “para poupar onde fosse possível”, recordando a proposta feita por Álvaro Maia Seco para que sejam utilizadas carruagens da Metro do Porto. Ao mesmo tempo, colocaram a hipótese de “ir buscar mais fundos comunitários” para o projeto.
Fernando Carvalho , da Lousã, mostrou também a sua discordância pelo facto do Estado ir realizar mais estudos para “encontrar as alternativas mais baratas para o sistema”, mostrando-se também preocupado por não ter obtido timings para a conclusão dos referidos estudos. Os dois autarcas realçaram como postivo o retomar da normalidade institucional entre as autarquias e o Estado.
Já Fátima Ramos, autarca de Miranda do Corvo, saiu da reunião com um misto de satisfação/preocupação.
Satisfação, como fez questão de explicar, porque “finalmente o ministro e o secretário de Estado reuniram com os autarcas” e porque António Mendonça garantiu que “não está em causa o sistema de mobilidade”.
Preocupação porque “não nos apresentaram qualquer prazo para a concretização dos investimentos e, mais grave ainda, informaram-nos de que tinham encomendados estudos para novas modalidades de transporte, nomeadamente o Bus Rapid Transit (BRT)”.
A presidente revelou que, de Miranda do Corvo, ficou a abertura para que no projeto se pudesse poupar “no acessório, mas não no essencial: garantir um sistema de transporte seguro para os utentes da antiga Linha da Lousã”.
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