Afinal quem nos anda a faltar à verdade?

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Impõe-se que o governador civil esclareça as suas declarações sobre o comportamento dos autarcas no caso do Metro Mondego!

Todos temos ouvido os autarcas de Miranda do Corvo, Coimbra e Lousã queixarem-se do silêncio e da falta de diálogo do governo na questão do Metro Mondego.

Este silêncio e falta de diálogo por parte do Governo, bem como um total desprezo pelos autarcas dos três concelhos, que não só são parceiros estratégicos neste investimento como são sócios, conjuntamente com o Governo, da sociedade Metro Mondego SA, assumiu particular visibilidade com a falta de representação governamental nas duas últimas Assembleias Gerais da sociedade.

As próprias estruturas locais e distritais do Partido Socialista vieram já à praça pública acusar o Governo de falta de diálogo. Invocando esta falta de diálogo e desrespeito pelos autarcas, algumas delas pediram inclusivamente a demissão do Secretario de Estado dos Transportes.

Recentemente o presidente da Comissão Politica Distrital do Partido Socialista, Mário Ruivo, gabou-se aos jornais de ter conseguido quebrar o gelo por parte do Governo, conseguindo assim abrir condições para o dialogo.

Veio agora, no passado Sábado, o Governador Civil de Coimbra, numa entrevista ao Diário As Beiras sobre o Metro Mondego, referir “que me defrontei com posições intransigentes de autarcas que não queriam falar com o ministério. Viabilizei encontros que foram recusados.”

Perante estas declarações torna-se evidente que alguém está a faltar à verdade.

Ou falta à verdade o Governador Civil, ou faltam à verdade os autarcas e o Dr. Mário Ruivo.

Admitindo que as declarações do Governador Civil são verdadeiras, trata-se de acusações gravíssimas que importa esclarecer.

O Sr. Governador não pode lançar acusações destas sem clarificar a que autarcas se refere.

A atitude de lançar um manto de suspeição sobre todos os autarcas, sem esclarecer a quem aponta o dedo, é uma atitude eticamente grave e reprovável, com a agravante de ter sido proferida por um representante do Governo.

A Presidente da Câmara de Miranda do Corvo, divulgou ontem, mais uma vez, que desde Junho que tem vindo a pedir ao Governo várias reuniões, tendo-se sempre deparado com um muro de silêncio por parte dos governantes.

A Drª. Fátima Ramos sentindo-se ofendida na sua dignidade por estas declarações enviou ontem um ofício ao Sr. Governador Civil, exigindo o esclarecimento de quais os autarcas que recusaram o diálogo com o Governo. Ofício esse que anexamos.

Os autarcas apenas exigem a imediata reposição dum serviço de mobilidade sobre carris que existia e foi irresponsavelmente destruído por este Governo.

O mesmo Governo que agora diz aos jornais que mudou de ideias e que afinal já não quer repor a funcionar um sistema ferroviário. Que está a equacionar a sua substituição por um transporte rodoviário.

O Governador Civil tem mantido sobre a questão do Metro Mondego uma apatia e um silêncio ensurdecedor.

Se se vier a verificar que ele está agora a faltar à verdade para proteger a arrogância do Governo, a sua atitude assume contornos verdadeiramente escandalosos.

Um Governador Civil é o representante do Governo junto das populações do Distrito mas é também o embaixador das carências e anseios dessas mesmas populações junto do Governo. Não se pode colocar de cócoras para o Governo por cima das necessidades da população.

Assim desafiamos publicamente o Sr. Governador Civil a esclarecer exactamente a que autarca ou autarcas se referia nas suas declarações: À Drª. Fátima Ramos? Ao Dr. João Paulo Barbosa de Melo? Ao Dr. Fernando Carvalho? Ao Dr. Carlos de Encarnação?

É imperioso conhecermos onde está a verdade nesta história.

Na política não pode valer tudo! A mentira não pode ficar impune!!!

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