A festa acabou

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Hábitos de vida de ricos. Hábitos de trabalho de pobres. Tempos de ilusão em que as garantias e os direitos dos particulares fizeram secundarizar os deveres dos mesmos, em relação aos poderes públicos mais elevados.

Mais consumo, mais créditos, mais prazeres, mais sobranceria, mais materialismo. Menos poupança, menos felicidade efectiva, menos valores de vida.

Convencimentos desastrosos de igualar a sociedade da felicidade à do prazer pelo prazer. Festa e “bebedeira” levada ao limite no crédito e mais crédito, na folia da vida, como se fosse domingo todos os dias.

Festa essa que, afinal, acabou. E que nos faz – mais a uns do que a outros – considerar que afinal durante uns anos éramos felizes e não sabíamos.

Antes pelo contrário, muitos de nós achávamos que continuávamos pobres. Pois é. Era (foi) bom. Mas não há mais! A festa acabou e agora vamos ter de assumir um novo paradigma de vida. Doendo a todos, porque a festa acabou mesmo.

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