800 pessoas a caminho de Lisboa pelo Metro Mondego

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Cerca de 700 pessoas partiram esta manhã (19) de Miranda do Corvo e da Lousã em direção à Assembleia da República para assistir à discussão da petição que contesta a paralisação e o adiamento do Metro Mondego.

A estas sete centenas de pessoas deverão ainda juntar-se mais 100 que vem de Coimbra, totalizando 16 autocarros, disseram à Lusa os organizadores da iniciativa.

A petição para discutir o assunto na Assembleia da República recolheu mais de oito mil assinaturas.

Durante o plenário, deverão também ser discutidos projetos de resolução do Bloco de Esquerda, CDS-PP e PSD a recomendar a continuidade do projeto.

O PS, pela voz da deputada Ana Paula Vitorino, anunciou na terça-feira que vai apresentar hoje (19), na Assembleia da República, um projeto de resolução recomendando ao Governo que “reafirme a prioridade” da “instalação de um modo ferroviário no Ramal da Lousã”.

Ao proporem ao Governo para avançar com as obras de instalação de um sistema ferroviário no canal da linha da Lousã – de onde já foram removidos os carris, no âmbito do projeto de criação do Metro do Mondego (MM) –, os autores da recomendação reconhecem, no entanto, que a atual situação económica do país impõe restrições, acrescentou a deputada.

Neste sentido, a proposta dos deputados socialistas, cujos primeiros subscritores são Ana Paula Vitorino e Horácio Antunes, antigo presidente da câmara da Lousã, recomendam ao Governo que sejam “continuadas todas as obras em curso e que sejam promovidas, com toda a brevidade, as obras que faltam concluir” para que exista “um serviço ferroviário ligeiro no Ramal da Lousã”.

Esta manhã, em declarações à Lusa, Jaime Ramos, porta-voz do movimento cívico que contesta a suspensão do projeto, congratulou-se com a iniciativa do PS.

“Parece-me positivo que o PS evolua nesta matéria e não permita que o governo continue a cometer esta irresponsabilidade”, disse o antigo governador civil de Coimbra.

Jaime Ramos disse ainda que espera que a recomendação “obtenha o apoio dos deputados socialistas, sobretudo dos eleitos por Coimbra”.

Desde o início de 2010 que estavam em curso duas empreitadas superiores a 50 milhões de euros, entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra), no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a instalação de um metro ligeiro de superfície na Linha da Lousã e na cidade de Coimbra.

Em novembro, a Refer – Rede Ferroviária Nacional – ordenou aos empreiteiros das obras de requalificação em curso na linha, entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra), a supressão dos trabalhos relacionados com a plataforma da linha, assentamento de carris e construção da catenária, um investimento que rondaria os 13 milhões de euros.

As obras foram suspensas devido a constrangimentos financeiros resultantes da aprovação do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) III.

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