Protestos do PS sobre Metro Mondego sem eco na maioria

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Foto de Gonçalo Manuel Martins

O Metro Mondego e o seu futuro dividiu ontem as bancadas da coligação e do Partido Socialista. No período antes da ordem do dia, Álvaro Maia Seco foi o primeiro a falar sobre um projeto “em que acredita”. Para além de considerar que “o principal responsável por esta vergonha” é o secretário de Estado dos Transportes, “o próprio PS não pode deixar de ser responsabilizado pela situação”.

Como tal, exigiu “uma intervenção sem compromissos por parte dos deputados (socialistas) eleitos por Coimbra” com o assumir pleno “das suas responsabilidades na resolução desta situação” que, como lembrou, deve “ser assumida como uma Questão Coimbrã”. Por outro lado, o ex-presidente do Conselho de Administração da Metro Mondego deixou um apelo “veemente aos cidadãos comuns e ilustres de Coimbra, Miranda do Corvo, Lousã e de toda a região” para usarem “todos os meios democráticos para deixarem clara a sua posição”.

O líder da bancada socialista lembrou a responsabilidade dos restantes deputados, assinalando “a ação” de José Manuel Pureza ao pedir para cabimentar no Orçamento de Estado de 2011 25 milhões de euros para o projeto. “Onde estavam os outros deputados de Coimbra, incluindo os do PS? Que posição tomaram? Como a justificaram? Será que se deram sequer a esse trabalho?”, disse.

Dirigindo-se a Carlos Encarnação, Álvaro Maia Seco disse o presidente tem a obrigação de procurar “congregar vontades de todas as forças partidárias”, “encontrar um denominador comum em que Miranda e Lousã se revejam” e ainda congregar vontades para que o projeto do Metro Mondego não seja “apenas um brinquedo de uns quantos políticos”.

Vilhena quer demissão de ministro

Se Carlos Cidade preferiu ler a decisão tomada no dia anterior pela concelhia socialista, já António Vilhena disse que Coimbra “não pode comer e calar, não pode assistir à irresponsabilidade cúmplice de de um Ministério das Obras Públicas, onde apenas um secretário de Estado parece ser o único mau da fita”. “É demasiado grave para ser verdade”, afirmou Vilhena, solicitando ao ministro António Mendonça o reconhecimento de que errou. Uma vigília, acompanhada de luto, foi a proposta feita.

O presidente da Câmara de Coimbra afirmou que já deu para “esse peditório”, recordando que, enquanto presidente da assembleia da Metro Mondego, “ainda não” recebeu qualquer informação sobre a anunciada extinção da empresa, decidida no âmbito do Orçamento do Estado para 2011.

“Quando quiserem tratar esta questão com seriedade, façam o favor”, sublinhou o autarca. Até porque “se fôssemos pedir a demissão de todos os secretários de Estado e ministros que nos têm tratado mal, estávamos desgraçados”. Os governantes que tutelam as áreas da saúde, ciência e cultura foram dados como exemplos.

Luís Providência, do CDS/PP, saiu em defesa do presidente, recordando que Encarnação já tinha “alertado para o que não era visível”, reafirmando que a responsabilidade do sucedido cabe exclusivamente ao Governo de José Sócrates.

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