É o que temos ou o que procuramos?

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A Comissão Europeia, através de um porta-voz, veio refutar as afirmações que eu fizera no 1.º de Dezembro, em Mangualde, durante a cerimónia de assinatura de compromissos entre 31 empresários a autarquia local.

É que eles, os empresários, sem ajudas do Estado, estavam a comprometer cerca de 42 milhões de euros de recursos próprios para criarem riqueza e emprego, cerca de 450 novos lugares. Num contexto como o nosso, só pessoas de excepcional coragem tomam estas decisões. Merecem, por isso, o nosso reconhecimento e respeito.

Acontece que esta decisão é assumida num momento em que o país já assegurou um crescimento de 1,3% e um aumento consolidado das exportações de 10%.

Acontece que estes números são, respectivamente, quatro e três vezes superiores às estimativas da Comissão. Estimativas erradas, portanto, mas que influenciaram as agências de rating e os mercados na pressão exercida sobre a nossa economia.

Disse o porta-voz de Durão Barroso que esta metodologia e procedimento são fundamentais para a prognose da Comissão e que tudo é feito com bases científicas. Não explicou, no entanto, como se chegou cientificamente a um erro tão grosseiro, nem pediu desculpa – pelo menos isso – pelos prejuízos causados.

Contrariando o quotidiano discurso de desalento, aqui deixo o que ministros e instituições internacionais nos transmitiram na última semana:

O apoio do Ministro das Finanças Alemão e a denúncia que fez do ataque dos mercados a Portugal, por ausência de razões racionais justificáveis; o elogio dos ministros europeus à consolidação orçamental portuguesa; a maior queda dos juros da dívida; o crescimento das encomendas à indústria em 12,5% (o maior desde Setembro de 2008); o abrandamento em 5% do recurso da Banca Portuguesa ao BCE; a eficiência de Portugal nas despesas de Saúde, uma das melhores acessibilidades à saúde infantil e bem-estar das crianças; o resultado da evolução “impressionante” de avaliação dos alunos ou o êxito de Portugal nas políticas de imigração são alguns exemplos.

Estes são os resultados do trabalho de todos quantos não baixaram os braços, da perseverança do Primeiro Ministro José Sócrates e são os factos que devem construir a nossa confiança, a dos nossos trabalhadores e empresários ou não seja este o único caminho que nos permitirá, com êxito, combater o desemprego actual e assegurar desenvolvimento.

E o que faz a oposição radical e o PSD? Agitam, principalmente o PSD, a moção de censura e Passos Coelho anuncia uma crise política em ambiente de recuperação. É o que temos ou o que procuramos?

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