A autarquia decidiu protocolar com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) as refeições das crianças carenciadas, e que frequentam as escolas do concelho, no período das férias de Natal. Tudo porque os casos reportados pelos estabelecimentos de ensino à câmara não justificavam a abertura de um refeitório no período de férias escolares.
Segundo o diretor municipal de Desenvolvimento Humano e Social da câmara, Oliveira Alves, os casos relatados “não eram em número significativo; eram, aliás, em número residual e muito dispersos pelo concelho”. Como tal, e até para poupança de meios, o município optou por protocolar as refeições dessas crianças com as IPSS locais. “Uma resposta de proximidade”, como explicou, “porque a dispersão de casos era tão grande que muitas delas depois não poderiam usufruir dessa utilidade”.
O diretor referiu que, caso fosse necessário, seriam acionados os mecanismos que a câmara tinha à disposição para fornecer as refeições neste período do ano. A hipótese chegou a ser colocada, mas antes de tomar uma decisão decidiu solicitar informações mais concretas junto dos diretores e professores das escolas públicas. Os números levaram a esta tomada de posição que, ao que tudo indica, terá sido a mais correta.
Ainda para mais quando ontem se ficou a saber que por exemplo, no concelho de Setúbal, foram detetadas dezenas de crianças com carências alimentares, o que obrigou a autarquia local a garantir o custo das refeições dessas crianças. Só que, nos dois primeiros dias pós-encerramento das aulas, nenhuma delas se deslocou à escola para poder usufruir da refeição.
Refira-se que, à margem desta questão, estão as crianças que nesta altura do ano frequentam o ATL (Atividades de Tempos Livres) e que, como tal, têm direito à habitual refeição.