A Nossa Serra da Estrela

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Não tenho conhecimento se dos famosos documentos confidenciais, agora divulgados pela “Wikileaks”, consta alguma troca de correspondência entre os “grandes” deste mundo, sobre a forma como comemoram o Natal e as consequências gravosas que isso poderá acarretar para a paz entre os povos. Não imagino sequer se existe algum telegrama simpático do Presidente Obama ao “querido líder” da Coreia do Norte, Kim Jong-Il a desejar-lhe um feliz Natal e um Próspero Ano Novo, e depois, das sequelas diplomáticas que daí adviriam, obrigando Pequim e Moscovo a usarem os seus bons ofícios para atenuar os efeitos de tal missiva “provocatória”.

Dito isto, e porque estamos numa “Quadra” que apela a outros sentimentos que não as teorias da conspiração, ocorre-me escrever sobre coisas bem mais agradáveis e apelativas.

Sou, por isso, tentado a falar da minha e nossa Serra da Estrela, que tantas vezes serve de cenário nas nossas deambulações.

Não me canso de recordar todos os momentos de vivências que a Estrela, serra maior deste nosso Portugal, me ofereceu na infância e que ainda hoje não me canso de contemplar. Fui descobrindo todos os encantos e seus segredos. Em cada estação do ano é uma Serra diferente.

No inverno, o céu mesclado e tímido que se abre para nos presentear com o branco da neve que pinta os cumes mais elevados.

Na primavera, o verde dos arrelvados tenros ainda procurados pelos rebanhos de ovelhas. As flores silvestres de muitas cores e aromas e o balbuciar dos riachos que correm pelos vales.

Com o início do verão, as searas de centeio ondulam na paisagem, como se procurassem um rumo ou um porto de abrigo.

Subtilmente as cores vão-se alterando e, sem nos darmos conta, aí está o outono, antevendo um novo ciclo de vida. As cores parecem-nos irreais, saídas de uma qualquer pintura de Monet.

Os portugueses começaram já a descobrir que a Estrela tem a particularidade de merecer a visita ao longo de todo o ano. Como Gouveense, isso deixa-me particularmente satisfeito, porque sempre apelei a um casamento feliz com a Serra.

Hoje, o meu Concelho e a região dispõem já de um conjunto de infra-estruturas aptas a acolher um turismo de qualidade, que se reflectem não só no alojamento, mas também na gastronomia; manjares únicos e que já converteram em definitivo mesmo os paladares mais exigentes.

Estamos no Natal. Época propícia à reflexão. Mas também de solidariedade. Façamos isso mesmo.

Os meus votos sinceros de Boas Festas a todos os trabalhadores deste prestigiado diário e a todos os seus leitores.

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