Pais mandam sequestrar o próprio filho na Guarda

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O Departamento de Investigação Criminal da Guarda da Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um casal suspeito de ter sequestrado o próprio filho, de 23 anos, presumivelmente devido a desentendimentos familiares.

De acordo com a PJ, o crime terá ocorrido na passada sexta-feira (26) à noite, quando a vítima se encontrava no parque de estacionamento de um restaurante existente nas imediações da cidade da Guarda, juntamente com dois conhecidos.

“De repente, chegou uma viatura de onde saíram três homens que, com recurso à violência física e ameaçando fazer uso de armas brancas de grandes dimensões, que ostentavam, obrigaram a vítima a entrar na viatura, seguindo depois para parte incerta”, refere em comunicado a Polícia Judiciária.

Na manhã seguinte, sábado, a PJ apurou que a vítima encontrava-se sequestrada e guardada pelos pais no interior de uma residência de uma localidade do concelho de Resende, acabando por ser libertada, poucos momentos depois, por elementos da polícia.

A casa, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS fonte da PJ, pertencia a uns familiares que estão no estrangeiro. O jovem, que residiu até há bem pouco tempo com os pais em Resende, “encontrava-se fechado em casa pelos próprios progenitores” quando foi encontrado pelos elementos da Polícia Judiciária.

Os três homens que se deslocaram à cidade da Guarda terão sido contratados pelos detidos para levarem a vítima à força para o local, onde a mesma acabaria por ser encontrada e libertada.

Ainda acordo com a PJ da Guarda, os progenitores “têm uma pequena empresa que labora na área vitivinícola em Resende, onde o filho também trabalharia”. No entanto, o facto de ter iniciado um relacionamento com uma jovem fez com que se tivesse mudado para a Guarda. “Os desentendimentos familiares estarão relacionados com isso”, adianta a autoridade policial.

Quando foi encontrado, o rapaz (que é o único filho do casal) não apresentava sinais de agressões físicas. Os pais, de 45 e 41 anos de idade, foram detidos e presentes a primeiro interrogatório para aplicação das medidas de coação.

A PJ continua as investigações, tendo em vista a identificação dos restantes suspeitos.

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