Defesa de Vilar e Névoa contraria o Ministério Público

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A procuradora do Ministério Público (MP) pediu ontem a condenação do ex-vereador socialista Luís Vilar e do administrador da Bragaparques, Domingos Névoa.

Ângela Bronze entendeu que o antigo líder concelhio do PS mostrou-se sempre favorável nas pretensões do empresário e que o empréstimo feito pelo administrador da Bragaparques a Luís Vilar representou “uma vantagem patrimonial revelantíssima”. Sobre a questão que envolve a Certoma, Associação Cognitária de S. Jorge de Milréu e os negócios com Emídio Mendes, a magistrada entende que ficaram provados os factos de pronúncia imputados aos arguidos. Como tal, pediu a condenação de Luís Vilar e Domingos Névoa.

Opinião contrária, como não seria de esperar, tiveram os advogados Castanheira Neves (Luís Vilar) e Artur Ferreira (Domingos Névoa). O defensor do militante socialista não concordou “com uma única palavra” das alegações feitas por Ângela Bronze. Na questão do Bota-Abaixo, Castanheira Neves lembrou o interesse público da unificação dos lotes e questionou porque é que os outros vereadores que votaram favoravelmente não estão sentados no banco dos réus. Segundo o defensor, “não se pode converter qualquer arguido num Cristo”. Por outro lado, confirmou que não havia impedimento por parte do seu cliente para prestar serviço para a Certoma e para votar na câmara a realização de um Plano de Pormenor para a Quinta de S. Jorge de Milréu. Em relação ao apoio dado por Emídio Mendes, o advogado de defesa entende que a verba é pessoal.

Artur Ferreira disse que sentiu nas alegações do MP “uma subtilíssima alteração da acusação de pronúncia”. “Um verdadeiro golpe de judo”, considerou, formulando o desejo de que a aplicação de “uma boa administração da Justiça” leve à absolvição dos dois arguidos.

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