De portas escancaradas

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A Cimeira da Nato servirá, com certeza, para muita coisa importante – ainda que ninguém tenha tido o cuidado de explicar pedagogicamente ao povo português o porquê de tantos incómodos… – porém, antes ainda de começar, já permitiu confirmar a habitual fragilidade da segurança nacional.

Dito de outro modo, com a suspensão do “espaço Schengen” e o consequente controlo apertado das fronteiras nacionais foram detidas dezenas de pessoas (suspeitas ou em situação de irregularidade), impedidas de entrar em território português umas centenas, apreendidas armas, panfletos e outros adereços…

A liberdade de circulação, pilar essencial da construção europeia, tem um preço elevado ao que parece. Ou seja, sem o “Estado de Polícia” que estamos quase a viver por estes dias o nosso país fica exposto às mais diversas ameaças. Já desconfiávamos. Agora, ficámos com a certeza. O importante, no final da Cimeira, não será apenas devolver a comodidade aos cidadãos e levantar cancelas para tudo passar a circular livremente como dantes. Não! O mais relevante é retirarmos daqui os ensinamentos devidos: a segurança e a ordem públicas são factores essenciais da vida democrática que, por isso mesmo, sendo compatíveis com os elementos vitais de uma Europa Unida exigem novas abordagens, novas estratégias e mais meios, sobretudo tecnológicos.

Por acaso (e é mesmo obra do acaso) não constamos habitualmente dos alvos terroristas, mas perante tantas fragilidades bem poderemos passar a estar. Nesta altura do campeonato seria a última coisa que precisávamos!

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