O Pavilhão do U. Coimbra recebe esta noite, pelas 20H00, uma Assembleia Geral ordinária, convocada para discutir o relatório e contas da época passada, mas, mais importante, o projeto que tanto se fala e que não foi levado à última reunião de câmara. É este o ponto que deve gerar o grosso da discussão desta noite.
O presidente da Assembleia Geral do U. Coimbra apela à participação massiva dos associados e lembra que, apesar de este projeto não ter ainda passado na câmara, “não está posta de parta a sua aprovação”, portanto, “nada impede a discussão, porque ela tem de ser feita e, sem a aprovação deste projeto e das condições da câmara, não há viabilidade para o clube”.
O novo projeto para a Arregaça não foi levado, segunda-feira, a reunião de Câmara. A justificação do executivo foi que este teria uma superfície superior à que o PDM permite para aquela zona.Fernando Regêncio, presidente da AG do clube, diz que “apesar de não ter estado presente nas reuniões de trabalho”, estranha a situação, porque “o projeto é resultado de várias reuniões com a câmara”.
A Câmara de Coimbra quer que o clube aceite ser transferido para um campo fora da cidade e impõe como condição ter um gestor a acompanhar de perto a gestão financeira do clube, para evitar que volte a cair numa situação como esta. Fernando Regêncio explica que “este gestor terá acesso a todos os balancetes mensais do clube e colocará as suas dúvidas, se for caso disso, ao conselho fiscal do União”.
Para esclarecer todas estas questões, o vereador do Desporto de Coimbra, Luís Providência, pediu ontem permissão para estar presente na AG desta noite. Algo que Fernando Regêncio vê “com bons olhos, porque quantas mais explicações poderem ser dadas aos sócios, melhor”.
Abdicar da arregaçapara renascer o clube
A Comissão Administrativa, presidida por Carlos Félix tem em mãos um projeto para a construção de uma infraestrutura comercial, cujo investidor será a salvação para o clube.
Esgotadas todas as anteriores alternativas, a solução passa agora pela cedência por parte da câmara, do direito de superfície do campo da Arregaça ao clube, que posteriormente entregará o espaço ao investidor. No local do atual campo da arregaça vai nascer um campo de futebol de 7, onde vai trabalhar a formação do “clube da Cruz de Santiago” e os seniores deverão sair da cidade, ou para a freguesia de Basfemes ou de S. Silvestre.
Para além da construção do campo de 7, o investidor vai ajudar o clube a saldar todas as dívidas que ainda tem, a jogadores e à segurança social, condição sine qua non para a câmara ajudar o clube.