“Vamos aquecer Coimbra”

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O desafio é lançado pela Associação Integrar e pretende sensibilizar a cidade para a realidade dos sem-abrigo que se torna ainda mais dura nos meses de inverno. A campanha foi lançada no início da semana e, o frio que já se fazia sentir por volta das 20H00, fez pensar naqueles que vivem as suas vidas nas ruas e cantos mais escondidos da cidade.

E não é pedir muito. Como o presidente da direção da Integrar faz questão de sublinhar, quem não tem lá por casa, um cobertor que já não usa e que, entretanto, até já foi substituído. E não é. Apesar da crise que bateu à porta de (praticamente) todos os portugueses. Como sublinha Pedro Vaz Serra, presidente do Clube de Empresários de Coimbra e da assembleia geral da Integrar, “é nos momentos mais difíceis que as pessoas sabem reconhecer que haverá sempre alguém pior do que elas”.

Os donativos podem ser entregues no Clube de Empresários de Coimbra, DIÁRIO AS BEIRAS, EASD, CAIS, Casa Aninhas e Esp@ço Internet.

“A nossa equipa de rua precisa de ter coisas para dar melhores condições às pessoas que ainda não conseguiram dar o passo necessário para sair da rua”, reconheceu Jorge Alves, adiantando que há muitas razões para que haja sem-abrigo E o não haver lugar nas instituições de apoio também é uma das razões a ter em conta, como faz questão de lembrar.

“Os centros de acolhimento enchem nesta altura e não há espaço para todos. Por isso entendemos ser necessário sensibilizar cidadãos anónimos e instituições de cariz social para esta realidade”, afirma.

E Jorge Alves sabe do que fala pois não se trata de uma preocupação natalícia. Sem abrigo e pessoas à procura de ajuda existem durante todo o ano e, agora, alerta o responsável da Integrar, com tendência a aumentar. “Já temos pedidos por telefone de famílias que passam momentos muitos difíceis e que têm vergonha de dar a cara porque nunca se imaginaram numa situação destas”, aponta.

E essas não pedem só cobertores. Pedem coisas para comer, pedem roupa, em particular para os filhos. Pedem emprego, como acrescenta o presidente do Clube de Empresários de Coimbra. “É claro que não podemos concretizar todos os pedidos. Mas tirar a fome e o frio é algo que nos deve mobilizar a todos. São situações como aquelas que ajudamos diariamente que nos ajudam a relativizar os nossos próprios problemas”, confessa.

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