Zona costeira e rios estudados ao milímetro

Posted by
Spread the love

As bacias dos rios Mondego, Vouga e Lis, bem como as zonas costeiras onde desaguam estes cursos de água vão ser estudados ao pormenor, de forma a constituírem um sistema integrado de informação geográfica.

Com mapas e imagens de satélite será possível identificar cada metro de terreno, numa base de dados informatizada. O projeto é da Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARH) e foi adjudicado ao LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Vai custar, ao longo do próximo ano e meio, 1,2 milhões de euros, com 75 por cento de financiamento comunitário.

Neste âmbito serão criadas cartas de zonas inundáveis e de risco dos rios Vouga e Mondego, bem como das zonas estuarinas de Aveiro e Figueira da Foz. A montante serão desenhados modelos de escoamento em aquíferos e da qualidade das águas subterrâneas, que facilitará a avaliação e licenciamento por parte dos técnicos da ARH.

O projeto foi apresentado ontem durante durante a cerimónia que assinalou os dois anos de funções da atual direção do organismo. A sua presidente, Teresa Fidélis, sublinhou que foi necessário “fazer face aos limitados recursos técnicos e humanos herdados da CCDR”, só possível através de uma reorganização do instituto. Entretanto, foram lançadas obras de requalificação de recursos hídricos, no valor de 12 milhões de euros. Destaque para os planos de gestão das bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis. A jusante surgiram intervenções de proteção de zonas costeiras, de que a praia do Furadouro é o melhor exemplo. Seguiu-se a reparação do cais de acostagem da Ria de Aveiro, requalificação das salinas da Figueira da Foz e demolição das construções ilegais da Praia de Mira.

Numa vertente de utilização responsável do recurso escasso que é a água, pretende-se fazer “a clarificação de situações problemáticas (…) como são os casos da qualidade de água superficial na bacia do Lis, sob forte pressão das atividades agropecuárias” e das captações de águas subterrâneas no aquífero de Leirosa-Monte Real, concluiu Teresa Fidélis. A ARH Centro conta com 74 trabalhadores.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.