Sócrates deixa recado a Baptista

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O secretáriogeral socialista deixou ontem uma forte crítica ao líder da federação distrital e deputado Victor Baptista. Apesar de nunca se ter referido ao seu nome, José Sócrates começou por dizer que não comenta “as questões internas das federações”. “A direção do PS nunca se mete nas questões de eleições internas das federações, porque é um assunto federativo e não nacional”, alegou.

Depois, e quanto ao caso em concreto, o líder dos socialistas deixou um recado: “aconselho todos os dirigentes e militantes do PS a saberem ganhar e a saberem perder”.

O caso chegou mesmo ao debate quinzenal na Assembleia da República. O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, levantou a questão sobre as acusações feitas pelo deputado socialista Vítor Batista a André Figueiredo, mas José Sócrates não respondeu a essa parte da interpelação.

Em relação a André Figueiredo, o principal visado nas críticas de Victor Baptista, afirmou à agência Lusa que não comentava declarações “dessa índole” e, salientou que, em 19 atos eleitorais, apenas Coimbra “registou este tipo de acontecimentos, logo desde o início da campanha”. “Sinto-me perfeitamente tranquilo e com a noção de dever cumprido, pois sempre pautei as minhas atitudes por princípios de transparência, rigor e isenção”, afirmou o chefe de gabinete de José Sócrates no PS, acrescentando que “atitudes e afirmações ficam com quem as pratica e que terá de se responsabilizar por elas”.

Processo em tribunal

André Figueiredo referiu ainda que os antecedentes do processo eleitoral, por parte de Victor Baptista, se pautaram “por ataques pessoais a camaradas e dirigentes do partido, ao invés de se concentrar no debate de ideias e propostas políticas que enriquecessem a campanha eleitoral interna”.

O responsável socialista considera que se deve preservar a boa imagem do PS, dos seus militantes e dirigentes”, mas reserva para si o direito de no final do processo eleitoral das 19 federações, que termina com a realização dos congressos no dia 23 de Outubro – falta saber se o de Coimbra se realizará naquela data – “lançar mão à justiça” se entender que foi alvo de difamação, falsidades e injúrias”.

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