Acusando os socialistas de Coimbra de seguirem uma “lógica partidária, onde se permuta o silêncio por algumas benesses e mordomias políticas por parte do governo socialista”, o presidente da Comissão Política social-democrata, Manuel de Oliveira, acusa o PS de “inimizade e rancor” para com Coimbra.
O líder laranja diz que há “inúmeras injúrias políticas” feitas à cidade, nomeadamente “a liquidação do Metro Mondego, auto-estrada Coimbra-Viseu, adiamento sucessivo do Hospital Pediátrico, Estação multimodal de Coimbra, nova peniténciária e novo hospital”. O presidente da Junta de Freguesia de São Martinho do Bispo, Antonino Antunes, (eleito pelo PSD) foi a voz das juntas numa conferência de imprensa realizada ontem, que juntou os responsáveis setoriais da estrutura local do partido.
O autarca diz que já houve um corte de 30 mil euros de transferência de montantes para a sua freguesia e que outros se anunciam, em cerca de 8,1 por cento, de acordo com o Orçamento do Estado/2011. O Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF) será reduzido de 132 mil para 121 mil euros, bem como menos cinco por cento de verbas atribuídas pela Câmara Municipal de Coimbra.
Resignado à velha máxima de “se não há dinheiro, não há obra”, Antonino Antunes já não aceita que estes cortes possam afetar os serviços de higiene e apoio às escolas, bem como os salários: “Tenho medo de não tert dinheiro para pagar os vencimentos dos funcionários”.
Maló de Abreu,histórico do PSD/Coimbra, acusou o PS de “falar a três vozes”, uma da estrutura nacional, outra da distrital e outra da concelhia. Deu o exemplo do projeto do Metro Mondego e da anunciada fusão dos hospitais da cidade, alertando que “temos a certeza absoluta que a redução dos serviços da urgência vai levar a situações de muita gravidade”.