Foi um Álvaro Maia Seco magoado aquele que ontem (17) falou aos jornalistas para anunciar a sua demissão da Sociedade Metro Mondego (SMM).
Chegou pouco depois do meio-dia, leu a declaração e emocionou-se ao lamentar não ter sido capaz de levar a bom porto o projeto que abraçou.
Hoje (18), logo pela manhã, o presidente da SMM vai apresentar a demissão do cargo ao presidente da Assembleia Geral da Metro Mondego, Carlos Encarnação, na sequência da extinção e integração da sociedade na REFER, que consta do Orçamento de Estado para 2011.
Fá-lo várias razões. Primeiro porque – frisou –, “ao contrário de outros”, tem “vergonha na cara” e não pode, nem quer, “participar num processo vergonhoso de mistificação e engano”.
Depois, devido à “lamentável falta de profissionalismo e de ética de que o secretário de Estado dos Transportes deu mostra”, ao não se dignar a informar as câmaras, “suas parceiras de projeto, nem o presidente da empresa, sobre as suas intenções”.
E, por último, porque o PEC “não pode ser cego e justificar tudo e, neste caso, pôr em causa um projeto fulcral para Coimbra”.
“É uma irresponsabilidade deitar para o “lixo” um projeto relevante onde já foram investidas muitas dezenas de milhões de euros”, criticou.
Para Maia Seco, “a REFER é uma competente gestora de infraestruturas, mas não é uma gestora e muito menos uma exploradora de sistemas de transportes”.
Por isso, não tem dúvidas ao afirmar que, de uma forma “incompetente, irresponsável, cínica é demonstrado um total desrespeito pelos cidadãos da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, o Governo feriu de morte o projeto do Metro Ligeiro do Mondego”.
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