Há monumentos de origem portuguesa em países tão improváveis como o Irão, Quénia e México.
Este património espalhado pelo mundo é motivo para a realização de um encontro de quatro dias que vai ter lugar na Universidade de Coimbra (UC) de 23 a 26 de outubro (entre sábado e terça-feira).
Vão estar presentes cerca de 300 participantes, a maior parte deles investigadores e representantes do respectivo património, que vai desde fortes militares, a ruínas de cidades históricas, de vestígios de missões jesuítas a igrejas e mosteiros. O reitor da UC, Seabra Santos, disse ontem que o 2.º Encontro do Património Mundial de Origem Portuguesa (WHPO) terá como principal objetivo “a preparação da constituição dos estatutos do WHPO”, dando corpo a “uma aposta forte da universidade em ações de diplomacia cultural que, muitas vezes, consegue chegar onde a diplomacia política tem mais dificuldades”.
Ao lado do reitor, o presidente da Comissão Nacional da Unesco, Andersen Guimarães, sublinhou que o encontro vai ser “um espaço de cooperação e debate entre os gestores dos respetivos bens, espalhados pelos diversos continentes”.
Serão discutidos temas como os efeitos da humidade e do clima na estrutura dos monumentos, a influência da literatura no património e o papel do património no estabelecimento de compromissos de paz entre os povos.