Portugal e Espanha podem ser os países organizadores de uma das próximas edições do campeonato do mundo de futebol – 2018 ou 2022, se não estou em erro.
Nas últimas semanas, os inspectores da FIFA têm feito visitas a estádios e clubes portugueses e espanhóis e têm conversado com responsáveis do sector em ambos os países. As impressões parecem positivas. Só podiam.
Neste momento, Portugal tem condições infra-estruturais para acolher sem investimentos de monta comparáveis aos de 2000-2004 a sua “parte” do campeonato, o que seria muito bom para o país.
E, se a ETA mantiver a sua posição, Espanha também verá reforçada a sua candidatura no item que, porventura, geraria maiores receios (se bem que a Espanha tem organizado importantes eventos e provas internacionais com a ETA em plena actividade).
Os espanhóis são campeões do mundo de futebol, o que mais acentua a sua vontade em organizar uma futura edição da prova e mais contribuirá para que a FIFA reconheça essa pretensão.
Portugal precisa claramente de terminar com a polémica em volta de Carlos Queirós. Nunca achei que a selecção fosse longe no Mundial da África do Sul, escrevi-o neste jornal, mas acho que o assunto Carlos Queirós começa a ficar pouco suportável. Urge resolvê-lo, não apenas mas também porque queremos acolher o Mundial e, como tal, não devemos permitir ingerências da política, ou melhor, do Governo em assuntos que beneficiam de autonomia como é o do caso em apreço. Não estamos a ficar muito bem na “fotografia”.
Como português, revejo-me entusiasta na possibilidade de co-organizarmos um Mundial de Futebol. O primeiro de que me lembro bem foi o que aconteceu na antiga RFA, em 1974, com a vitória da selecção de Gerd Muller e de Franz Beckenbauer.
Talvez em 2018 cá esteja para ver a vitória de Portugal. Os espanhóis não me levam a mal neste meu desejo porque já ganharam uma vez…
Mas, para que lá cheguemos será importante que os clubes portugueses comecem a utilizar jogadores portugueses. O Braga europeu de Sevilha tem um jogador português, O Benfica campeão tinha dois ou três, o Porto líder tem dois ou três. São poucos. E mesmo nos patamares não seniores Portugal já não é uma selecção ganhadora.
Há que ir à bola com os jogadores Portugueses!