“Verdes anos”. Quem não lembra os primeiros acordes da música de Paredes que dá forma à alma do filme homónimo de Paulo Rocha – uma obra prima dentro de outra –, num projeto que inaugurou o novo cinema em Portugal?
Os que não recordam ou pura e simplesmente não conhecem, estão sempre a tempo de corrigir a falta. A música de Carlos Paredes – que devia ser de conhecimento obrigatório para todos os portugueses, como Eça ou Camões –, está amanhã em palco, num espetáculo de homenagem a decorrer no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra.
“República Carlos Paredes 2010”, uma iniciativa produzida pela Metaformações, para lá da memória daquele que é o nome maior da guitarra de Coimbra, apresenta um conjunto de artistas da cidade com novas abordagens musicais ao reportório de Carlos Paredes.
A abrir com um apontamento de dança (“Variações sobre mudar de vida”) interpretado por Lourenço Leitão, também responsável pela organização e produção, o espetáculo prossegue com a guitarra clássica de Pedro Jóia. Seguem-se guitarras de Coimbra, com Ricardo Dias, Pedro Lopes, Bruno Costa e Ni Ferreirinha e, a encerrar, um momento de jazz com Paulo Figueiredo, Paulo Salgado, Bruno Costa, Luís Oliveira e Luís Formiga.
A apresentar “República Carlos Paredes” estará Manuel Pires da Rocha, músico e diretor do Conservatório de Música de Coimbra. O preço do espetáculo que se realiza amanhã (30) varia entre 24 (plateia) e 17 (balcão) euros.