A futura autoestrada Tomar-Coimbra vai “esmagar” o lugar de Eira Velha, em Ceira. Tudo porque a Estradas de Portugal decidiu alterar o projeto inicial, naquela zona, substituindo um túnel por um viaduto (com 150 metros de altura). Em risco estão quatro famílias, cujas casas (e ainda dois anexos mais) poderão vir a ser demolidas.
A situação do pequeno lugar está a preocupar todos: moradores, vizinhos da freguesia e, até, os partidos políticos representados na Câmara Municipal de Coimbra. Um abaixo-assinado foi, aliás, já posto a circular. Mas todos perceberam, já, que o diálogo com a EP vai ser difícil e exige a unidade de todas as forças locais. Isso mesmo foi reafirmado pelos vereadores Carlos Cidade, do PS, Francisco Queirós, da CDU, para além do próprio presidente da câmara, Carlos Encarnação.
A obra em causa, recorde-se, resulta da integração do Itinerário Complementar IC3 no projeto Autoestradas do Pinhal Interior, já concessionado e adjudicado pelo Governo. A passagem pela freguesia de Ceira é um dos pontos sensíveis da empreitada, nas imediações de Coimbra. Mas não é único, pois, a norte, há também queixas dos eleitos das freguesias de Brasfemes, Torre de Vilela e Souselas, que reivindicam a localização de um nó na zona de influência das três autarquias.
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