PS não aceita Figueira como palco de violência

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Foi aprovada, ontem, a moção do PSD para que o município apresente, no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego (CIBM), uma proposta que exija a fixação de um Corpo de Intervenção (CI) da PSP na região Centro. Tal como o DIÁRIO AS BEIRAS avançou, os social-democratas propõem que essa unidade seja instalada, preferencialmente, na Figueira da Foz.

Em sede de reunião de câmara, o PSD voltou a aludir à discriminação, tal como recentemente já o havia feito, aquando da proposta para que os terrenos sem utilização portuária ficassem sobre a alçada do município. “Não aceitamos ser discriminados relativamente a outras cidades que o tiveram (ao CI)”, disse Miguel Almeida. Ou que, acrescenta, “quando não têm CI, têm um grupo especial da GNR”.

Na votação, a bancada socialista escolheu a abstenção. João Ataíde utilizou dados estatísticos relativos à violência registada na cidade, para fundamentar a decisão do executivo. Segundo o mesmo, apenas ocorreu um caso de violência durante o Verão (o do forcado atingido com dois tiros nas pernas no Bairro Novo). “As ocorrências são iguais às de Abril e não há nada que justifique especial alarme em relação aos anos anteriores”, afiançou.

Ataíde apresentou ainda dados relativos às entradas por agressão registadas no Hospital Distrital, que, até 24 de Agosto, foram metade das do ano passado. Como tal, “consideramos que não é a Figueira que deve justificar a criação do CI”, conclui. Contudo, Miguel Almeida desvalorizou estes números que, segundo o vereador, poderão mesmo estar “deturpados”, misturando no resultado final casos diferentes de violência e em diversas zonas da cidade. Os melhores números, para o vereador, são as pessoas. “Nunca senti tanto apoio na rua por uma medida como por esta”, afirmou.

O executivo manteve no entanto a sua posição: “que fique claro que não votamos favoravelmente por discordar da fundamentação e por não aceitarmos que a cidade seja apresentada como palco de violência que viabilize ou justifique a criação deste grupo”, frisou o presidente. A aprovação por parte desta bancada, ainda segundo Ataíde, poderia verificar-se com “outros elementos e com base noutras estatísticas”.

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