O incêndio que atingiu esta madrugada um armazém do Instituto de Soldadura e Qualidade de Castelo Branco foi dado como dominado e entrou em fase de rescaldo, segundo o comandante distrital de operações de socorro.
Rui Esteves precisou à Lusa que “parte da fábrica foi danificada”, mas a “zona de escritório não foi afectada”.
O fogo eclodiu às 03H24, e no local estiveram 55 bombeiros, com apoio de 24 veículos operacionais, das corporações de Castelo Branco, Idanha, Vila Velha de Ródão, Fundão, Proença-a-Nova e Sertã.
No armazém atingido pelas chamas existia lã de vidro, pladur e gás r22 (de refrigeração).
PJ chamada ao local
A Polícia Judiciária foi chamada a investigar as causas do incêndio que, na madrugada de hoje, deflagrou no armazém do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) em Castelo Branco, disse fonte dos bombeiros.
O responsável técnico das instalações de Castelo Branco do ISQ, Vasco Pires, considerou, entretanto, ser “ainda muito cedo” para determinar as causas do incêndio, adiantando que o fogo começou numa área onde se encontravam dois camiões que ficaram completamente destruídos.
O ISQ de Castelo Branco, através do seu Laboratório de Ensaios Termodinâmicos (LABET), estava a testar o revestimento térmico do primeiro vaivém espacial da ESA – Agência Espacial Europeia.
Para a realização dos testes, a equipa do LABET desenvolveu um equipamento especial e um método de ensaio inovador, mais completo do que o utilizado pela NASA, segundo a sua página na Internet.
“A parte técnica das instalações ficou muito danificada, mas os escritórios parece-me que estão salvaguardados. Em princípio, o projecto que tínhamos a decorrer para a ESA estará salvaguardado, mas ainda é muito cedo para tirarmos conclusões”, adiantou Vasco Pires.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, deslocou-se ao local do incêndio, tendo manifestado disponibilidade para ajudar a encontrar uma solução para colmatar os elevados prejuízos registados.