Parabéns Coimbra

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Finalmente abriu a piscina do POLIS no rio Mondego.

Digo isto com total satisfação enquanto munícipe de Coimbra que se recorda dos seus tempos de juventude em que as piscinas municipais eram o local predilecto para quem, no Verão tinha de estar em Coimbra.

Apesar da demora, estas piscinas, e com os preços que vi divulgados, complementam um dos espaços de lazer e torna a nossa Urbe mais solidária.

Continuo contudo a insistir noutros pequenos investimentos na margem do Mondego que potencializem o casamento da Cidade com o Rio e que, noutros locais do interior já se começam a ver.

Olhando para trás, foi de facto uma longa caminhada, uma série de obras que se vão concluindo à sombra do Programa Polis:

A requalificação na margem esquerda;

O Parque Verde do Mondego (as docas de Coimbra):

A Ponte Pedonal Pedro Inês;

A requalificação da Baixa de Sta. Clara, que apesar de tudo não ficou tão bonita como se esperava;

Desde que o então Ministro do Ambiente (José Sócrates) lançou o Programa Polis, passaram mais de 10 anos para que a maioria das obras estivessem concluídas.

Por isso, deixo já um desafio aos autarcas de Coimbra: comecem a pensar na continuação da requalificação das margens do Mondego até à Ponte da Portela.

Coimbra como Cidade do Conhecimento, científico, cultural e patrimonial é, face à sua localização estratégica, é sem sombra de dúvidas a sua Capital. Não de forma sobranceira em relação às outras cidades como Aveiro, Viseu, Guarda, Leiria e Castelo Branco, mas de complementaridade com o que cada uma tem de melhor.

É esta a postura que Coimbra tem de tomar para afirmar a sua capitalidade e, se assim for, poderá então a Região Centro ter posições mais reivindicativas em relação às Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. Mas nunca tomar posições de bairrismo serôdio que possam virar todos contra nós.

Se é verdade que a nossa capitalidade é indiscutível, não é menos verdade que deveremos ser solidários e praticar políticas pró-activas em relação às outras Cidades já referidas, uma vez que face ao forte desenvolvimento da rede viária o tempo que nos separa é reduzido.

Daí que os Autarcas da Região deverão ser reivindicativos em todo o território e, verdade seja dita que faltam três itinerários nucleares para esta Grande Região Centro e o Governo só ainda assumiu um deles.

Refiro-me à auto-estrada para Viseu, criando uma verdadeira alternativa ao IP3 de má memória, ao IC6 para a Covilhã e ao (salvo erro) IC31 a ligar a A23 à fronteira com Espanha (Termas de Monfortinho).

Destas 3 ligações nucleares para o desenvolvimento integrado, homogéneo e solidário da Região Centro, o Governo, através do Ministério da Obras Públicas, ainda só se comprometeu com a auto-estrada para Viseu. Ora se queremos marcar a diferença que justifica a nossa capitalidade, temos de ter uma visão mais abrangente do território e não olhar só para nós.

Se assim não procedermos, como poderemos querer a solidariedade dos outros? E, aqui em Coimbra o mesmo Ministério tem que se comprometer com o Metro Ligeiro de Superfície, que é uma questão de Coimbra e sua Região, Miranda do Corvo e Lousã.

Não é o caso, porque há um membro do Governo que conhece a Região Centro e sabe do que estou a falar, ou seja sem o IC6 a Covilhã fica com melhores acessibilidades a Lisboa do que a Coimbra, como a variante de cerca de 100 Kms a ligar a A23 a Espanha, tem uma importância fundamental para o desenvolvimento económico sustentável no distrito de Castelo Branco, mas não são precisos membros no Governo de Coimbra, o que é preciso é a força para sermos ouvidos.

É uma visão global do território que Coimbra na sua capitalidade da Região Centro precisa de ter e que hoje não se verifica.

Como socialista apelo a todos os principais líderes do PS e dos outros Partidos Políticos também, para criarem sem demora uma estratégia global que sirva a Grande Região Centro.

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